tag:blogger.com,1999:blog-87643089723129527972024-03-13T19:26:18.123-03:00santa diversidadeSANTA DIVERSIDADEhttp://www.blogger.com/profile/03869720093310002082noreply@blogger.comBlogger200125tag:blogger.com,1999:blog-8764308972312952797.post-71443284821451338112013-08-23T11:26:00.000-03:002013-08-23T11:27:02.553-03:00VEM PRA RUA COM A GENTE LUTAR CONTRA A HOMOFOBIA<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-xf0b1iXxDc0/Uhdt0qmIzUI/AAAAAAAABuw/QZm__sy5TR0/s1600/FLYER2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="270" src="http://2.bp.blogspot.com/-xf0b1iXxDc0/Uhdt0qmIzUI/AAAAAAAABuw/QZm__sy5TR0/s320/FLYER2.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-vu0UlcmuOF0/Uhdul4pqpyI/AAAAAAAABu4/EELb5vli8rc/s1600/FOLDER+1.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="270" src="http://2.bp.blogspot.com/-vu0UlcmuOF0/Uhdul4pqpyI/AAAAAAAABu4/EELb5vli8rc/s320/FOLDER+1.JPG" width="320" /></a></div>
<br /></div>
SANTA DIVERSIDADEhttp://www.blogger.com/profile/03869720093310002082noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8764308972312952797.post-53646533282790197192013-08-23T11:24:00.004-03:002013-08-23T11:25:28.443-03:00Lésbicas – da ilha de Lesbos a Daniela Mercury<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-0TxsHk1orAY/UhdvqqJHb1I/AAAAAAAABvA/qoJD14V8ZCY/s1600/Neuza.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="http://1.bp.blogspot.com/-0TxsHk1orAY/UhdvqqJHb1I/AAAAAAAABvA/qoJD14V8ZCY/s320/Neuza.JPG" width="320" /></a></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;">Lésbicas – da ilha de Lesbos a Daniela Mercury<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;">VIVA O MÊS DA VISIBILIDADE LÉSBICA<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;">O dia 29 de agosto é o Dia
Nacional da Visibilidade Lésbica, comemorado desde 1996 a partir da realização
naquele ano do I SENALE – Seminário Nacional de Lésbicas no Brasil. Assim, o
agosto ficou conhecido pelo movimento LGBT como mês da Visibilidade Lésbica.
Não à toa, o mês foi escolhido para a estreia do filme Flores Raras, que conta
a história do relacionamento da paisagista e urbanista Lota de Macedo Soares (interpretada
por Glória Pires) com a poetisa norte-americana Elizabeth Bishop (Miranda Otto)
. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;">Não à toa também, nós, da
Subsecretaria de Políticas da Sexualidade (SDHC de Maricá) escolhemos este mês
para receber a militante Neuza das Dores Pereira (Conselheira Estadual LGBT do
RJ/Ong Coisa de Mulher) para ministrar a
palestra “História da Luta Lésbica no Brasil”, na Casa de Cultura de Maricá na
terça-feira, 20/8. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;">“Há várias formas de se
contar essa história. Fala-se muito da ilha grega de Lesbos, mas na verdade as
mulheres iam para lá para aprender a escrever poesia. No Brasil o movimento
surgiu na década de 1970 com o Grupo SOMOS, de São Paulo. Nessa época houve
também o primeiro Manifesto Lésbico, o Xana com Xana e o surgimento do Grupo de
Ação Lésbica Feminista (GALF), e outros grupos começaram a surgir a partir daí.
Hoje as lésbicas estão organizadas politicamente”, relatou Neuza.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;">Neuza contou também por que, mesmo
entre todas as identidades LGBT, as lésbicas talvez sejam as mais excluídas e
solitárias. “Se o movimento de mulheres já trouxe a possibilidade de
gerenciamento da sexualidade feminina dissociada da função procriativa, as
lésbica vão além. Elas desafiam as imposições de papéis de gênero – o papel da
mulher e o que a sociedade espera dela (casar, ter filhos etc) e seu papel na
relação com o homem. Elas derrubam vários mitos e desafiam a cultura patriarcal”
.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;">Como fez a cantora Daniela
Mercury recentemente, ao declarar publicamente que estava apaixonada ia se casar
com outra mulher. Viva nossas amigas lésbicas! Viva o mês da Visibilidade
Lésbica!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;">A palestra abriu a
programação do Mês da Visibilidade Lésbica, que inclui ainda:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;">Dia 27 de agosto – Debate “Saúde
da Mulher Lésbica”, na Casa de Cultura, às 17h.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;">Dia 29 de agosto – Sessão
Solene na Casa de Cultura com Mesa composta por Rosângela Zeidan, primeira-dama
do município, Sergio Mesquita, Secretário de Cultura, Miguel Moraes, Secretário
de Direitos Humanos e Cidadania e Márcia Marçal, advogada e representante
lésbica da nossa Subsecretaria, além de Conselheira Estadual LGBT.</span></div>
</div>
SANTA DIVERSIDADEhttp://www.blogger.com/profile/03869720093310002082noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8764308972312952797.post-36778615881926873952013-08-01T18:40:00.002-03:002013-08-01T18:40:44.247-03:00O significado do silêncio<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-zeQ5_6M28Sg/UfrVybCZk9I/AAAAAAAABtA/AO3rlMZwvMw/s1600/bandeira_lgbt_igreja.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-zeQ5_6M28Sg/UfrVybCZk9I/AAAAAAAABtA/AO3rlMZwvMw/s1600/bandeira_lgbt_igreja.JPG" /></a></div>
<div style="font-family: Calibri, Arial; font-size: 14.399999618530273px;">
A atenção aos pobres e as desigualdades sociais protagonizaram as declarações do papa Francisco durante sua visita ao Brasil para a Jornada Mundial da Juventude, prevalecendo sobre temáticas de moral sexual mobilizadas com mais freqüência e veemência no papado anterior de Bento XVI. Em uma semana, o papa conclamou os jovens a serem revolucionários (no sentido de não aceitarem a ideia do casamento sacramentado como algo fora de moda), falou em “humanismo na economia”, fez uma autocrítica em relação ao distanciamento da Igreja para com os fiéis – para ele, motivo da notória perda de seguidores em todo o mundo – e chegou a louvar a importância da laicidade do Estado para o convívio pacífico entre diferentes religiões.</div>
<div style="font-family: Calibri, Arial; font-size: 14.399999618530273px;">
<br /></div>
<div style="font-family: Calibri, Arial; font-size: 14.399999618530273px;">
Ao contrário do que se esperava, Francisco não aproveitou a oportunidade de passar aos jovens lições da moral católica, preferindo calar-se sobre temas como casamento gay, aborto e uso de métodos contraceptivos. Apenas em sua viagem de volta à Roma, em entrevista a jornalistas presentes no mesmo vôo, o papa tocou em assuntos como a homossexualidade e o papel da mulher na Igreja. Sobre este último disse que as mulheres têm um papel essencial na Igreja, embora o pontífice tenha se mantido contrário à ordenação. Sobre a homossexualidade, disse: <i>"Se uma pessoa é gay e busca a Deus e tem boa vontade, quem sou eu para julgá-la?"</i></div>
<div style="font-family: Calibri, Arial; font-size: 14.399999618530273px;">
<i><br /></i></div>
<div style="font-family: Calibri, Arial; font-size: 14.399999618530273px;">
Foi o bastante para que Francisco ganhasse a simpatia de representantes de movimentos LGBT brasileiros, que viram com bons olhos as declarações do papa e entenderam o posicionamento como um sinal de abertura e diálogo.Muitos deles afirmaram-se esperançosos, acreditando que a mensagem do papa possa vir a contribuir para o combate à discriminação. Mas até que ponto as declarações do papa sobre alguns temas e o seu silêncio sobre outros representam realmente alterações significativas no rumo e na doutrina da Igreja Católica? Que efeitos a visita de Francisco pode trazer na maneira como algumas questões serão tratadas no cotidiano pastoral da Igreja daqui para frente?</div>
<div style="font-family: Calibri, Arial; font-size: 14.399999618530273px;">
<br /></div>
<div style="font-family: Calibri, Arial; font-size: 14.399999618530273px;">
Para Sérgio Carrara, antropólogo e professor do Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, não é possível afirmar que haja uma mudança doutrinária em termos de moral sexual. “A fala do Papa sobre os gays não significa uma alteração no sentido que a homossexualidade possui na doutrina. Não foi uma declaração que negasse a ideia de pecado que define a relação entre pessoas do mesmo sexo. Pela declaração, não fica claro a opinião do papa sobre o tema”.</div>
<div style="font-family: Calibri, Arial; font-size: 14.399999618530273px;">
<br /></div>
<div style="font-family: Calibri, Arial; font-size: 14.399999618530273px;">
Opinião semelhante a da co-coordenadora do Sexuality Policy Watch (SPW) Sonia Corrêa. “A rigor, não houve alterações do ponto de vista doutrinário. A ideia de pecado permanece. O que se pode apontar como diferencial é a ênfase na compaixão e na misericórdia. Ainda assim, uma compaixão que aparece atrelada à fé, possibilitada por aquele que busca a Deus, nas palavras do papa”, observa.</div>
<div style="font-family: Calibri, Arial; font-size: 14.399999618530273px;">
<br /></div>
<div style="font-family: Calibri, Arial; font-size: 14.399999618530273px;">
Para um membro do grupo Diversidade Católica, que prefere não se identificar, a fala do Papa Francisco sobre homossexualidade representa uma grande mudança. “Francisco usa o termo ‘gay’ e não ‘homossexual’, que aparece na doutrina oficial como um termo hostilizado. Há, nesse sentido, a incorporação de um vocabulário da militância pelo líder da Igreja Católica. Também acredito que não há avanço em termos doutrinários, mas não se pode descartar o tom positivo de acolhida que se vê na fala do papa. Há uma mudança no tom que propicia condições para potencializar mudanças”, acredita o integrante da Diversidade Católica.</div>
<div style="font-family: Calibri, Arial; font-size: 14.399999618530273px;">
<br /></div>
<div style="font-family: Calibri, Arial; font-size: 14.399999618530273px;">
A mensagem do Papa para os gays não pode ser analisada separadamente da observação subseqüente do pontífice. Francisco afirmou que o problema não é ter essa tendência [a homossexualidade], mas sim o lobby [gay], comparando ao lobby de pessoas avaras, da maçonaria e dos políticos. Não fica claro, porém, se a referência é ao lobby dentro do Vaticano ou a grupos de advocacy dos direitos LGBT. “O Papa parece sugerir um contraste entre a politica "negativa" que segundo ele é praticada por lobbies elitistas - os avaros, os políticos, os maçons e os gays - e a conexão não elitista da igreja com as classes subalternas. Essa retórica, entre outras coisas, oculta as práticas de pressão política da Igreja e do próprio Vaticano sobre e por dentro dos estados. A<a href="http://www.clam.org.br/noticias-clam/conteudo.asp?cod=5331" style="border-bottom-color: rgb(204, 204, 204); border-bottom-style: dashed; border-bottom-width: 1px; color: #003300; text-decoration: none;" target="_blank">aprovação da Concordata Brasil Vaticano em 2009</a> é uma ilustração cabal que a Igreja também faz lobby", afirma Sonia Corrêa.</div>
<div style="font-family: Calibri, Arial; font-size: 14.399999618530273px;">
<br /></div>
<div style="font-family: Calibri, Arial; font-size: 14.399999618530273px;">
A despeito da histórica oposição do Vaticano às perspectivas dos direitos sexuais e reprodutivos – como o uso da camisinha e da pílula, por exemplo –, na prática, a vida dos católicos nem sempre está em acordo com as recomendações morais da Igreja. Pesquisa divulgada pelas Católicas pelo Direito de Decidir durante a JMJ mostrou que o uso de pílula anticoncepcional é aceito por 82% dos jovens católicos. Além disso, 56% dos jovens mostraram-se favoráveis ao casamento entre pessoas do mesmo sexo.<br /><br /><strong>Hierarquização de questões</strong></div>
<div style="font-family: Calibri, Arial; font-size: 14.399999618530273px;">
<strong><br /></strong></div>
<div style="font-family: Calibri, Arial; font-size: 14.399999618530273px;">
Apesar do silêncio de Francisco em relação a temas como aborto, homoconjugalidade e homoparentalidade, durante a Jornada a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) <a href="http://www.clam.org.br/na-midia/conteudo.asp?cod=10651" style="border-bottom-color: rgb(204, 204, 204); border-bottom-style: dashed; border-bottom-width: 1px; color: #003300; text-decoration: none;" target="_blank">distribuiu um manual de bioética</a> em que condena a interrupção da gravidez, métodos contraceptivos, e a união e adoção por pessoas do mesmo sexo.</div>
<div style="font-family: Calibri, Arial; font-size: 14.399999618530273px;">
De acordo com Sonia Correa, do SPW, a repercussão das declarações do papa durante a entrevista no avião demonstra como o Vaticano atua de maneira hábil nas suas falas e ações. “O discurso de não julgamento aos gays vai na contramão do que está no manual de bioética. Mais ainda, contradiz a atuação do Papa Francisco em seus tempos de cardeal na Argentina, quando atuou contra o casamento igualitário. Recentemente, em sua primeira encíclica também reiterou visões tradicionais de gênero e uniões afetivas. Impressiona como as palavras dele tiveram um significativo poder para obscurecer o que está escrito. Há uma estratégia midiática habilmente planejada. Como uma entrevista consegue se tornar a verdade última?”, observa Sonia Corrêa.</div>
<div style="font-family: Calibri, Arial; font-size: 14.399999618530273px;">
<br /></div>
<div style="font-family: Calibri, Arial; font-size: 14.399999618530273px;">
O papa, durante a JMJ, falou em laicidade, no sentido de uma convivência pacífica entre as diversas religiões, e não como o princípio de separação entre o poder político e administrativo do Estado e o poder religioso. Sobre essa abordagem, Sérgio Carrara avalia que é uma posição interessante pelas implicações que isso pode trazer. “A declaração traz a questão da laicidade para a convivência entre doutrinas diferentes. No entanto, quando isso se volta para a laicidade enquanto princípio jurídico, é possível refletir sobre determinadas implicações. A separação entre Estado e Igreja tem sido um argumento mobilizado por movimentos sociais para promover e garantir direitos sexuais e reprodutivos. Portanto, é possível deduzir que o comentário pode trazer contribuições para o diálogo com minorias”, argumenta Sérgio Carrara.</div>
<div style="font-family: Calibri, Arial; font-size: 14.399999618530273px;">
<br /></div>
<div style="font-family: Calibri, Arial; font-size: 14.399999618530273px;">
A não tematização de determinados assuntos deve ser olhada também com atenção. Seria uma sinalização que enseja o debate sobre assuntos sensíveis? Não se viu declarações sobre aborto ou contracepção, por exemplo. De acordo com Sérgio Carrara, o foco do papa tem sido a desigualdade social e a pobreza, cujo destaque tem deixado de lado questões ligadas à moral sexual. “As falas do Papa apontam para alterações sutis. Embora nada novo em termos de doutrina tenha sido proposto, é possível avaliar que exista um deslocamento na hierarquia das questões, como se ele apontasse que aquilo que diz respeito à sexualidade fosse uma questão de foro íntimo. A Igreja, nesse sentido, estaria sinalizando um deslocamento de ênfases”, analisa Sérgio Carrara.</div>
<div style="font-family: Calibri, Arial; font-size: 14.399999618530273px;">
<br /></div>
<div style="font-family: Calibri, Arial; font-size: 14.399999618530273px;">
O silêncio de Francisco, avalia o integrante da Diversidade Católica que prefere o anonimato, é muito emblemático. “O papa tem demonstrado, desde que assumiu, que as posições da Igreja sobre moralidade sexual já são suficientemente conhecidas. Assim, ele parece se abster de retomar as proibições morais. Ao fazer isso, deixa aberto um caminho de diálogo”, observa.</div>
<div style="font-family: Calibri, Arial; font-size: 14.399999618530273px;">
<br /></div>
<div style="font-family: Calibri, Arial; font-size: 14.399999618530273px;">
Talvez o silêncio do papa signifique que ele – Francisco – não esteja querendo reiterar as velhas posições da Igreja. Não que ele esteja se afastando da doutrina tradicional, apenas está evitando insistir nela.</div>
</div>
SANTA DIVERSIDADEhttp://www.blogger.com/profile/03869720093310002082noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8764308972312952797.post-29231218994999823642013-07-30T13:43:00.000-03:002013-07-30T13:50:56.526-03:00"Santo padre, o senhor seria a favor da criminalização da homofobia?", deveria ser a pergunta<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<blockquote class="tr_bq">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-PYnOmrtWONk/UffUGLgD66I/AAAAAAAABsk/B8S-kRkGJTY/s1600/PapaFrancisco.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-PYnOmrtWONk/UffUGLgD66I/AAAAAAAABsk/B8S-kRkGJTY/s1600/PapaFrancisco.jpg" /></a></blockquote>
<br />
<blockquote class="tr_bq">
"Se uma pessoa é gay e busca a Deus e tem boa vontade, quem sou eu para julgá-la?", disse o papa Francisco em sua viagem de volta à Roma depois da Jornada Mundial da Juventude do Rio de Janeiro.</blockquote>
A mensagem é esperançosa e coerente, principalmente vinda de um papa que, em seus diversos discursos durante a JMJ, apregoou, entre outras coisas, o diálogo e uma maior aproximação da Igreja com as pessoas.<br />
<br />
No entanto, é bem verdade que não há nada de inovador em Francisco afirmar que é preciso acolher as pessoas com "tendências" homossexuais, e que estas não podem ser marginalizadas mas sim integrados à sociedade. Sabe-se que a Igreja Católica traça uma distinção entre "tendência" e prática, ou seja, homossexuais sempre foram aceitos por esta religião, desde que não se deixem levar por seus desejos para não agirem daquela maneira. Em outras palavras, acolhe-se o pecador mas condena-se o pecado.<br />
.<br />
Na visão católica, a prática homossexual é que é um pecado, e não a "tendência" à homossexualidade em si. Um pecado como qualquer outro, aliás. Como é o adultério cometido por pessoas heterossexuais casadas, por exemplo. Assim, um homem heterossexual casado pode apenas desejar outra mulher, desde que não parta para a prática do adultério. Todos sabem, inclusive a Igreja, que é difícil evitar o desejo por outra pessoa mesmo sendo casado(a), mas o que se deve fazer, segundo a Igreja, é evitar que esse desejo se transforme em traição.<br />
<br />
Outra coisa: é preciso analisar também a frase seguinte, dita pelo papa: "O problema não é ter essa tendência [à homossexualidade]. Não! O problema é fazer lobby".<br />
<br />
Acredito que abordar a questão da homossexualidade, mesmo que sob o viés da "misericórdia" e da "tolerância", eventualmente pode vir a ter efeitos importantes na maneira como a questão é encarada cotidianamente pela Igreja. Mas por outro lado, não acredito que pessoas LGBT vão deixar de uma hora para outra, por conta das declarações do papa, de serem discriminadas ou assassinadas. Restou saber do papa se ele seria a favor da criminalização da homofobia, por exemplo. Ou se ele acha que "criminalizar a homofobia" faz parte do lobby gay, problemático para ele.<br />
<br />
Para mim, concordo com Frei Betto: No Brasil, o problema é o lobby anti-gay, liderado em geral pelas próprias igrejas, e grande insuflador da violência homofóbica e das violações dos direitos humanos dos homossexuais no país.<br />
<br /></div>
SANTA DIVERSIDADEhttp://www.blogger.com/profile/03869720093310002082noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8764308972312952797.post-66226678950470140602013-06-11T11:59:00.003-03:002013-06-11T11:59:57.390-03:00Tempos de censura<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-RLCZ0n3c5P4/Ubc6qXzOSJI/AAAAAAAABrk/ulnacirmE2k/s1600/Campanha_prostituas.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-RLCZ0n3c5P4/Ubc6qXzOSJI/AAAAAAAABrk/ulnacirmE2k/s1600/Campanha_prostituas.jpg" /></a></div>
<div style="font-family: Calibri, Arial; font-size: 14.399999618530273px;">
O Ministério da Saúde brasileiro suspendeu esta semana uma campanha de prevenção destinada às prostitutas e demitiu o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatite Virais, Dirceu Greco. O recuo faz parte de um conjunto de ações preocupantes relativas ao campo da saúde – como a suspensão de campanha de prevenção à Aids voltada a jovens gays no Carnaval de 2012, a malfadada <a href="http://www.clam.org.br/noticias-clam/conteudo.asp?cod=9095" style="border-bottom-color: rgb(204, 204, 204); border-bottom-style: dashed; border-bottom-width: 1px; color: #003300; text-decoration: none;" target="_blank">Medida Provisória 557</a>, o Estatuto do Nascituro e a proposta de internação compulsória de dependentes de drogas –, medidas resultantes do comprometimento do governo com a "aliada" bancada evangélica em troca de apoio e votos para garantir futuras eleições. Em nome desta “aliança”, o governo vem ignorando a participação popular, colocando em risco avanços conquistados e, sobretudo, a laicidade do estado.</div>
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Composta por <a href="http://www.clam.org.br/na-midia/conteudo.asp?cod=10569" style="border-bottom-color: rgb(204, 204, 204); border-bottom-style: dashed; border-bottom-width: 1px; color: #003300; text-decoration: none;" target="_blank">banners e vídeos</a>, a iniciativa era desdobramento de oficina realizada em março por profissionais do sexo, e foi pensada como forma de combater o preconceito contra as prostitutas e estimular a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, aproveitando o mote do Dia Internacional das Prostitutas (2 de junho). O material trazia mensagens do tipo “Eu sou feliz sendo prostituta” e “Sem vergonha de usar camisinha”.</div>
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Como tem sido costume quando temas envolvendo direitos sexuais e reprodutivos são agendados pelo governo, parlamentares da bancada evangélica rapidamente se manifestaram contra a campanha, através de declarações do tipo <i>”Esse governo tem uma capacidade de buscar uns temas que me assusta. Não tem outra política pública decente para fazer? Já vejo os títulos das próximas campanhas. Sou adúltero, sou feliz. Sou incestuoso, siga-me. Sou pedófilo, sou feliz, sou realizado"</i> e<i>“a mulher não nasceu para ser prostituta, nasceu para ser mãe de família”</i>.</div>
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Para o médico e assessor da Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids (Abia) Juan Carlos Raxach, o recuo do Ministério da Saúde é, acima de tudo, um risco à saúde pública. “O governo tem funcionado em prol da moralidade. As prostitutas são um segmento em situação de vulnerabilidade social. O estigma afeta diretamente a saúde delas. A ação do Ministério lembra o período inicial da epidemia do HIV, quando a doença esteve, por uma lógica moralista, fortemente vinculada à homossexualidade, obrigando movimentos sociais a cobrar respostas”, afirma Juan Carlos.</div>
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Nos últimos tempos, a Saúde tem estado estrategicamente na mira dos setores conservadores, já que neste campo o Brasil tem sido detentor de reputação internacional, em função de avanços promovidos no campo da saúde sexual e reprodutiva, especialmente nas políticas de enfrentamento à Aids – onde o país tornou-se modelo no mundo – e as relativas ao planejamento familiar. A pressão de setores conservadores, no entanto, tem surtido efeito nas políticas encaminhadas pelo governo. Ano passado, o governo retirou de circulação campanha voltada para a prevenção do HIV/Aids entre jovens gays. E, mais recentemente, em março deste ano, o governo também suspendeu a <a href="http://www.clam.org.br/na-midia/conteudo.asp?cod=10255" style="border-bottom-color: rgb(204, 204, 204); border-bottom-style: dashed; border-bottom-width: 1px; color: #003300; text-decoration: none;" target="_blank">distribuição de kit educativo sobre Aids nas escolas</a>. Esta semana, a Comissão de Finanças da Câmara do Deputados <a href="http://www.clam.org.br/na-midia/conteudo.asp?cod=10586" style="border-bottom-color: rgb(204, 204, 204); border-bottom-style: dashed; border-bottom-width: 1px; color: #003300; text-decoration: none;" target="_blank">aprovou o Estatuto do Nascituro</a> que concede proteção jurídica ao embrião e atinge especialmente o direitos ao aborto.</div>
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Em nome da aliança parlamentar e dos arranjos eleitorais para o próximo pleito nacional (2014), o governo tem privilegiado o compromisso com segmentos conservadores e fundamentalistas, o que tem colocado em xeque, além da <a href="http://www.clam.org.br/destaque/conteudo.asp?cod=10499" style="border-bottom-color: rgb(204, 204, 204); border-bottom-style: dashed; border-bottom-width: 1px; color: #003300; text-decoration: none;" target="_blank">laicidade do Estado</a>, avanços importantes no campo da saúde, como a prevenção ao HIV/Aids, o combate à homofobia, a saúde reprodutiva feminina e os modelos médicos e assistenciais relativos à saúde mental.</div>
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“É triste e preocupante o contexto atual. E uma incoerência muito grande, pois a área da saúde muito ajudou na construção de respostas sociais para a questão do HIV”, afirma Juan Carlos Raxach.</div>
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De acordo com doutor em medicina social Veriano Terto, as questões de saúde tornaram-se uma via fácil de manipulação pela ótica da moral. “Isso tem um preço alto, que é afetar a saúde das pessoas, levando muitas vezes a se aniquilar até mesmo o direito à autonomia e à liberdade, exigindo a exclusão das prostitutas do rol de ação do Estado”, observa o e ex-coordenador da Abia. Outro problema grave, segundo Veriano, é o fato de o governo federal – paradoxalmente um governo dito de esquerda – estar ignorando a participação popular. “o governo não tem ouvido a sociedade civil, nem dado atenção às demandas de minorias marginalizadas. Por causa de conveniências políticas e eleitorais, coloca-se de lado direitos já conquistados, e a sociedade civil fica cada vez mais alijada das discussões e decisões”.</div>
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A suspensão da camp<img align="left" alt="" height="120" src="http://www.clam.org.br/uploads/imagem/Dirceu_Greco_.jpg" width="150" />anha <a href="http://www.agenciaaids.com.br/noticias/interna.php?id=20870" style="border-bottom-color: rgb(204, 204, 204); border-bottom-style: dashed; border-bottom-width: 1px; color: #003300; text-decoration: none;" target="_blank">repercutiu negativamente entre movimentos sociais</a>. O ex-diretor do Depto de DST, Dirceu Greco (foto), afirmou que enxerga uma “situação nacional e internacional conservadora”. Para Greco, “em qualquer situação, o papel que o gestor de saúde tem é separar o que é saúde, do ponto de vista lato, do que é decisão individual em relação à religião. São situações completamente separadas. Se você é um fundamentalista e quer andar de burca, é um direito seu. Mas não pode ir contra mim por eu não ser desse jeito”, afirmou em entrevista ao jornal O Globo.</div>
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SANTA DIVERSIDADEhttp://www.blogger.com/profile/03869720093310002082noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8764308972312952797.post-10371082774622482992013-05-28T18:52:00.000-03:002013-05-28T18:52:20.744-03:00O cinema encaretou Cazuza e Renato Russo - Carta Capital<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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<a href="http://3.bp.blogspot.com/-Yw8Lk6IsmY8/UaUmzDCyC0I/AAAAAAAABrM/ATfVeTcfbt0/s1600/Renato_Russo.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-Yw8Lk6IsmY8/UaUmzDCyC0I/AAAAAAAABrM/ATfVeTcfbt0/s1600/Renato_Russo.jpg" /></a></div>
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Dois ídolos, duas cinebiografias e algo em comum: a tentativa de amenizar a homossexualidade de ambos. Em cartaz nos cinemas, <i>Somos Tão Jovens</i>, de Antonio Carlos da Fontoura, sobre a vida de Renato Russo, comete exatamente o mesmo erro de <i>Cazuza - O Tempo Não Pára,</i> de Sandra Werneck e Walter Carvalho, de 2004. A homossexualidade assumida de Renato, assim como a de Cazuza, é transformada em uma bissexualidade que não houve em nenhum dos casos. É como se, ao apresentar os dois à juventude atual, os diretores/produtores quisessem torná-los mais palatáveis, quase “normaizinhos”, algo que tanto um quanto o outro odiariam.</div>
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Cazuza e Renato Russo se foram cedo deste mundo, vítimas da Aids: Cazuza, em 1990; Renato, em 1996. Em sua vida louca, vida breve, nenhum dos dois jamais almejou ser modelo de comportamento para ninguém. Qual é! Renato brigou do palco com um estádio inteiro, o Mané Garrincha, em 1988. Cazuza mostrava a bunda para a platéia em suas últimas apresentações. Eram autênticos, verdadeiros, viscerais. Nunca abriram mão de suas convicções e de sua loucura poética, até o último momento.</div>
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Na época em que foi lançado o filme de Cazuza, o próprio pai do cantor, João Araújo, veio a público criticar os cortes nas cenas de sexo. ”Quiseram ter muito cuidado com o lado homossexual de Cazuza. No que começaram a tomar cuidado demais, para não transparecer e para não virar filme proibido para menores, afastaram-se bastante da realidade”, disse Araújo aos repórteres Pedro Alexandre Sanches e Silvana Arantes, da <a href="http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1006200407.htm" style="color: #1155cc;" target="_blank">Folha de S.Paulo</a>. Parceiro de Cazuza no Barão Vermelho, Roberto Frejat estranhou o tratamento dado no filme ao amigo, que aparece transando com mulheres. “Nunca vi prática heterossexual nele. Teve, sim, mas quando não estava completamente convencido de ser gay, bem antes de me conhecer”. Sintomaticamente, Ney Matogrosso, amigo íntimo e ex-namorado de Cazuza, simplesmente desapareceu da versão final.</div>
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Com o líder do Legião Urbana a coisa foi parecida – com a diferença de que o filme sobre Cazuza é razoável, e o sobre Renato, ruim. Um desperdício, aliás, porque encontraram um ator, Thiago Mendonça, bastante semelhante a Renato Russo e com boa voz para viver o protagonista, mas o filme se perde em um roteiro fraco, digno da série <i>Malhação</i> se fosse feita pela Record.</div>
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Todo mundo que conviveu com Renato em Brasília sabe que ele era muito menos comportado (para dizer o mínimo) do que o garoto sensível e “família” retratado no filme. E que, apesar de ter escrito “gosto de meninos e meninas”, seus casos mais notórios sempre foram com homens. Em <i>Somos Tão Jovens</i>, provavelmente também para fugir da censura 18 anos, como aconteceu com o filme de Cazuza, a questão gay se transforma em algo lateral na vida de Renato e a história se centra em uma personagem feminina que nunca existiu, espécie de amiga-namorada do jovem compositor.</div>
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Pior: Renato transa com Aninha, mas não aparece beijando um homem na boca nem uma só vez no filme, como se fosse bacana para uma obra cinematográfica se pautar pelos mesmos (e condenáveis) parâmetros das novelas das nove globais. Os produtores podem até recorrer à desculpa de que o filme aborda a época anterior à fama de Renato Russo, ainda adolescente: é o “retrato do artista quando jovem”, já que o longa termina quando o Legião Urbana começa a fazer sucesso. Mas, mesmo neste período, é conhecido o fato de que o cantor já tinha um namorado fixo. Homem. Então não se trata de licença poética, mas de uma mentira contada a platéias adolescentes inteiras. Renato não tinha nada do menino pueril que aparece no filme. E era gay. Não “mais ou menos gay”. Ponto.</div>
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Para os fãs mais velhos de Renato e de Cazuza, fica na boca um gosto de traição. Por que os filmes feitos sobre os nossos ídolos precisam suavizar as biografias deles? Qual o problema em escancarar que eles tinham uma vida louca, sim, que experimentaram drogas, que bebiam e que eram felizmente gays, assumidos? Sinal dos tempos neoconservadores que vivemos? Como diria Cazuza, vamos pedir piedade, Senhor, piedade. Para essa gente careta e covarde.</div>
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SANTA DIVERSIDADEhttp://www.blogger.com/profile/03869720093310002082noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8764308972312952797.post-66159742616173913812013-05-28T18:35:00.000-03:002013-05-28T18:52:35.219-03:00Agora é pra valer!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/--4LD70JeWzo/UaUiG3If1aI/AAAAAAAABq8/rPVUKKMqgQ8/s1600/uniao_gay.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="167" src="http://1.bp.blogspot.com/--4LD70JeWzo/UaUiG3If1aI/AAAAAAAABq8/rPVUKKMqgQ8/s320/uniao_gay.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="im" style="background-color: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
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No Dia Mundial de Combate à Homofobia – 17 de maio, o Desembargador Valmir de Oliveira Silva, Corregedor-Geral da Justiça do Estado do Rio de Janeiro, publicou com data retroativa a 16 de maio de 2013, através do aviso da CGJ nº 632/2013, que os cartórios do Estado do Rio de Janeiro cumpram a decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e realizem o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. Dessa forma, não haverá mais a necessidade de enviar os pedidos para a avaliação do juiz. O desembargador já havia, em abril deste ano, aprovado a habilitação direta para o casamento civil homoafetivo no Estado, mas, na prática, a decisão ainda dependeria do juiz de cada comarca.</div>
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Agora o aviso altera o procedimento. O primeiro artigo do aviso da CGJ 632/2013 diz que "os processos de habilitação de casamento entre pessoas do mesmo sexo deverão observar o disposto no artigo 1526 e parágrafo único do Código Civil, sendo vedado aos senhores titulares, delegatários, responsáveis pelo expediente e interventores dos serviços extrajudiciais com atribuição de registro civil de pessoas naturais impugnar o pedido com único fundamento da identidade de sexo."</div>
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O presidente da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais – ARPEN – do Rio de Janeiro, Luiz Manoel Carvalho dos Santos, disse que “esse aviso do Corregedor-Geral da Justiça do Estado do Rio de Janeiro, na prática, revoga a portaria que determina que os pedidos de casamento de casais homossexuais devem ser enviados para a avaliação dos juízes. Os cartórios não precisarão mais fazer esse procedimento. Dessa forma, o direito dos casais homoafetivos ao casamento está garantido no estado do Rio de Janeiro, seguindo a determinação do Conselho Nacional de Justiça”.</div>
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<span style="color: #222222;"><a href="http://www.osaogoncalo.com.br/site/geral/2013/5/28/52224/casamentos+homoafetivos+agora+valem+no+papel">Clique aqui</a> para ler a matéria "Casamentos homoafetivos agora valem no papel", publicada no jornal O São Gonçalo deste domingo, 26/05/2013</span></div>
</div>
</div>
SANTA DIVERSIDADEhttp://www.blogger.com/profile/03869720093310002082noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8764308972312952797.post-65741460397078218002013-05-15T19:38:00.000-03:002013-05-15T19:38:03.971-03:00Casamento gay: uma possibilidade concreta<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<strong style="font-family: Calibri, Arial; font-size: 14px;"></strong><br />
<h1 style="font-size: 16px;">
<strong style="font-family: Calibri, Arial; font-size: 14px;">Casamento gay: uma possibilidade concreta</strong></h1>
<span style="font-family: Calibri, Arial; font-size: 14px;"></span><div style="font-family: Calibri, Arial; font-size: 14px;">
</div>
<div style="font-family: Calibri, Arial; font-size: 14px;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-_xxmiL-y1Ak/UZQOFy_Ar_I/AAAAAAAABqs/K6qI7EHinSY/s1600/foto_bereniceDias+1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-_xxmiL-y1Ak/UZQOFy_Ar_I/AAAAAAAABqs/K6qI7EHinSY/s1600/foto_bereniceDias+1.jpg" /></a>O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) brasileiro aprovou esta semana uma resolução determinando que cartórios convertam uniões civis entre pessoas do mesmo sexo em casamento.</div>
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<br /></div>
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A decisão segue o reconhecimento das uniões estáveis promovida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 2011. Para o ministro e presidente do STF, Joaquim Barbosa, que também preside o CNJ, a resolução remove “obstáculos administrativos de uma decisão do STF que é vinculante”. A resolução foi prontamente criticada pelo deputado federal João Campos, líder da bancada evangélica no Congresso, que a chamou de “absurda” e considerou como mais um gesto de “ativismo judiciário” da Corte Suprema.</div>
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<br /></div>
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“Absurdo é o país oferecer direitos de maneira desigual para os cidadãos, como se houvesse escala de superioridade”, afirma a advogada e presidente da Comissão Especial de Diversidade Sexual da OAB, Maria Berenice Dias, que considera a ação do CNJ “altamente positiva” e um reflexo da omissão do Poder Legislativo.</div>
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<br /></div>
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<b>O que a decisão do CNJ representa?</b></div>
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<b><br /></b></div>
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Penso que é uma decisão positiva e muito bem-vinda, que coloca em posição de igualdade as múltiplas possibilidades de conjugalidade. Em segundo lugar, porque dá aos casais gays a garantia de ser feliz. Para todos os efeitos, é uma decisão que sinaliza um avanço social para o Brasil.</div>
<div style="font-family: Calibri, Arial; font-size: 14px;">
<br /></div>
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<b>Surgiram críticas que julgam a resolução do CNJ como inapropriada, pois fugiria da competência do órgão. Tais vozes argumentam que, para permitir o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, o Congresso teria de aprovar um projeto de lei.</b></div>
<div style="font-family: Calibri, Arial; font-size: 14px;">
<b><br /></b></div>
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O Conselho Nacional de Justiça é um órgão deliberativo. Ele tem, sim, a competência e a atribuição de agir administrativamente, sobretudo quando não há lei específica sobre o casamento. Portanto, o CNJ nada mais fez do que uniformizar procedimentos, determinando que os cartórios de todo o país convertam uniões estáveis em casamento, quando forem demandados.</div>
<div style="font-family: Calibri, Arial; font-size: 14px;">
<br /></div>
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<b>Voltando à questão de direitos específicos que decorrem do casamento, como a herança e a adoção. A resolução do CNJ concede automaticamente tais direitos aos casamentos gays?</b></div>
<div style="font-family: Calibri, Arial; font-size: 14px;">
<b><br /></b></div>
<div style="font-family: Calibri, Arial; font-size: 14px;">
O casamento, do momento em que é assinado, vale como tal, isto é, se duas pessoas se casam e uma delas morre, a outra se torna viúva automaticamente, o que lhe garante, de imediato, direitos como a herança. Na verdade, a herança está acessível também nas uniões estáveis. NO entanto, a união estável é uma convivência pública e que precisa ser duradoura para ser reconhecida como tal. Agora, em relação à adoção, não faz muita diferença, afinal pessoas solteiras também podem adotar. Conjugalidade não é determinante para casos de adoção. O que se reforça, com essa medida do CNJ, é justamente a crítica à omissão do Estado em legislar sobre o tema.</div>
<div style="font-family: Calibri, Arial; font-size: 14px;">
<br /></div>
<div style="font-family: Calibri, Arial; font-size: 14px;">
<b>E é justamente por falta de leis que o Judiciário tem atuado, não? Inclusive sendo criticado por um suposto ativismo...</b></div>
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<b><br /></b></div>
<div style="font-family: Calibri, Arial; font-size: 14px;">
Exatamente. Temos um Poder Legislativo extremamente omisso em relação a questões como essas, que age prioritariamente em função de conveniências eleitorais. Nesses casos de direitos LGBT, é uma atuação que espelha a homofobia que existe no país, pois os parlamentares se eximem de votar em temas moralmente sensíveis em nome de seus mandatos. Ora, eles estão lá para promover direitos, independente da crença religiosa. Ficamos, assim, com órgãos e poderes agindo em matérias que deveriam ser apreciadas pelo Poder Legislativo.</div>
<div style="font-family: Calibri, Arial; font-size: 14px;">
Semana passada, o Conselho Federal de Medicina autorizou a reprodução assistida para casais gays. No entanto, não temos lei que amplie a possibilidade de registro para além do padrão “pai” e “mãe”. São questões que acabam rolando para o campo do Judiciário, que tem que se pronunciar na falta de lei. Estamos tentando prover a população LGBT com todos os direitos através do Estatuto da Diversidade Sexual, que procura estabelecer regras de direitos de família, sucessório e previdenciário.</div>
<div style="font-family: Calibri, Arial; font-size: 14px;">
<br /></div>
<div style="font-family: Calibri, Arial; font-size: 14px;">
<b>Recentemente, a PEC 33/11 gerou polêmica por prever que decisões do STF sejam analisadas pelo Congresso. Como vê tal proposta, que foi patrocinada por setores religiosos críticos a medidas que o Judiciário tem tomado no campo dos direitos sexuais?</b></div>
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<b><br /></b></div>
<div style="font-family: Calibri, Arial; font-size: 14px;">
Conforme comentei, não se pode esperar muito do Congresso. Em matéria de leis no campo dos direitos LGBT, somos um país muito atrasado. É uma PEC que exorbita a função do Congresso. Não faz sentido colocar a atuação do STF sob análise dos parlamentares. E é curioso como as coisas são: o legislador se omite em relação a certos temas e, quando o Judiciário se pronuncia, esse mesmo legislador quer suspender a decisão.</div>
<div style="font-family: Calibri, Arial; font-size: 14px;">
<br /></div>
<div style="font-family: Calibri, Arial; font-size: 14px;">
<i>Entrevista originalmente publicada em www.clam.org.br</i></div>
<div style="font-family: Calibri, Arial; font-size: 14px;">
<i><br /></i></div>
<div style="font-family: Calibri, Arial; font-size: 14px;">
<br /></div>
</div>
SANTA DIVERSIDADEhttp://www.blogger.com/profile/03869720093310002082noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8764308972312952797.post-15031703857611149152013-05-15T13:10:00.001-03:002013-05-15T13:10:46.474-03:00CNJ obriga cartórios a celebrar casamento entre homossexuais<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-vqdFgQQeS2c/UZOzbij5HPI/AAAAAAAABqc/QszmI3tXw5M/s1600/troca_de_aliancas.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="179" src="http://1.bp.blogspot.com/-vqdFgQQeS2c/UZOzbij5HPI/AAAAAAAABqc/QszmI3tXw5M/s320/troca_de_aliancas.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; text-align: right;">
<i>por Felipe Recondo - O Estado de S. Paulo</i></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
<div style="color: #464646; font-size: 16px;">
<br /></div>
<div style="color: #464646; font-size: 16px;">
BRASÍLIA - Os cartórios de todo o Brasil serão obrigados a celebrar casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. Por decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), os cartórios terão de converter as uniões estáveis homoafetivas em casamento civil, mesmo que ainda não haja previsão legal para isso.</div>
<div style="color: #464646; font-size: 16px;">
<br /></div>
<div style="color: #464646; font-size: 16px;">
<div style="color: #222222; font-size: 13px;">
<div style="color: #464646; font-size: 16px;">
A proposta foi apresentada pelo presidente do CNJ, Joaquim Barbosa, que também preside o Supremo Tribunal Federal (STF), e aprovada por 14 a 1. A conselheira Maria Cristina Peduzzi foi a única a votar contra a aprovação da resolução, sob o argumento de que, para permitir o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, o Congresso teria de aprovar um projeto de lei. Há projetos em tramitação no Congresso sobre o casamento civil de pessoas do mesmo sexo.</div>
<div style="color: #464646; font-size: 16px;">
<br /></div>
<div style="color: #464646; font-size: 16px;">
A resolução aprovada pelo CNJ diz que: "É vedada às autoridades competentes a recusa de habilitação, celebração de casamento civil ou de conversão de união estável em casamento entre pessoas de mesmo sexo". E acrescenta que, se houver recusa dos cartórios, será comunicado o juiz corregedor para "providências cabíveis".</div>
<div style="color: #464646; font-size: 16px;">
<br /></div>
<div style="color: #464646; font-size: 16px;">
O presidente do CNJ afirmou que a resolução remove "obstáculos administrativos à efetivação" da decisão do Supremo. "Vamos exigir aprovação de nova lei pelo Congresso Nacional para dar eficácia à decisão que se tomou no Supremo? É um contrassenso."</div>
<div style="color: #464646; font-size: 16px;">
<br /></div>
<div style="color: #464646; font-size: 16px;">
O subprocurador da República, Francisco de Assis Sanseverino, manifestou-se contra a aprovação da resolução e citou os votos dos ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski, que foram favoráveis ao reconhecimento da união homoafetiva, mas deixaram claro que a decisão não legalizava o casamento.</div>
<div>
<br /></div>
</div>
</div>
</div>
</div>
SANTA DIVERSIDADEhttp://www.blogger.com/profile/03869720093310002082noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8764308972312952797.post-63917943905348993802013-05-03T23:28:00.001-03:002013-05-15T12:48:45.776-03:00<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-tqtKL3Iq7Ew/UZOuQ4ZxcDI/AAAAAAAABqM/daHPcvi1D_E/s1600/Eliwelton.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-tqtKL3Iq7Ew/UZOuQ4ZxcDI/AAAAAAAABqM/daHPcvi1D_E/s1600/Eliwelton.jpg" /></a></div>
<b>Gracejo
homofóbico gera assassinato de homossexual em São Gonçalo<o:p></o:p></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b>Assassino
acaba de ser identificado, diz delegado<o:p></o:p></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<b><i>*por Well Castilhos<o:p></o:p></i></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div class="MsoNormal">
Uma
provocação de conotação homofóbica foi o estopim de uma briga que terminou no
assassinato de um jovem homossexual no bairro do Alcântara, em São Gonçalo, na
madrugada da última segunda-feira (29/04). Hoje, eu e Cláudio Nascimento,
coordenador do programa estadual Rio sem Homofobia, estivemos reunidos com o
delegado titular da 74ª DP (Alcântara), Jorge Veloso, que investiga o caso. O
delegado iniciou a conversa afirmando não se tratar de um crime de motivação
homofóbica. De acordo com o seu relato, o jovem Eliwelton da Silva Lessa, de 22
anos, estava acompanhado de dois amigos num ponto de ônibus na Estrada Raul
Veiga quando um homem que passava a pé, de aparentemente 40 anos (segundo
relataram os dois amigos da vítima à polícia), provocou os três e jogou um
beijo para Eliwelton. O rapaz se irritou com o gracejo e agrediu o homem que o
provocara. O homem, então, pegou uma barra de ferro para revidar, mas foi
impedido por outras pessoas que estavam na rua. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Cerca de 30
minutos depois, ele voltou dirigindo uma van, invadiu a calçada, atropelou
Eliwelton intencionalmente e fugiu. Por isso, o delegado acredita não se tratar
de um caso de homofobia, mas sim de vingança. O PROBLEMA ESTÁ AÍ. É incrível
como banalizam e naturalizam as provocações e chacotas contra gays e mulheres
nas ruas (beijinhos, “fiufiu” etc). O crime pode ter sido por vingança sim. Mas
não há dúvidas – e disso o delegado Veloso acabou concordando conosco, depois
de mais de uma hora de conversa – de que o elemento inicial e provocador do
crime foi o fato do homem – que não conhecia nenhum dos rapazes – tê-los
provocado, jogando o beijinho. Esse tipo de provocação passa despercebida pelas
pessoas (que até acham graça, normal e não dão a devida importância), mas para
quem sofre a provocação, dói na alma (só quem passou ou passa por isto sabe). <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Obviamente
que o homem só jogou o beijinho ao jovem porque percebeu que ele era gay, da
mesma forma que pai e filho foram agredidos no interior de São Paulo por
estarem abraçados e os agressores terem pensado que eram um casal de
homossexuais. Trata-se do imaginário social machista, homofóbico e racista que
qualifica mulheres, gays e nordestinos como pessoas fracas, com as quais se
pode mexer e humilhar e torná-las motivo de chacota, especialmente quando há um
público para assistir (no caso em questão, o homem estava acompanhado de um
carroceiro, a quem ajudava). Um exemplo: recentemente, três jovens
norte-americanos estupraram uma moça e jogaram o vídeo na internet. Na avidez
de mostrar a dominação e humilhação ao mundo, esqueceram-se que estupro é
crime. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O delegado
do caso acontecido em São Gonçalo informou que, embora ainda não exista um
amparo legal no Brasil para a população LGBT (a homofobia ainda não é crime no
país), como existe para as mulheres (Lei Maria da Penha), os gays, as lésbicas,
as travestis e os/as transexuais podem, em vez de revidar à provocação,
procurar a polícia e dar parte do provocador por crime de injúria. Mas será
que, justamente pela banalização social deste tipo de provocação, a polícia
acolheria a denúncia? <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Não quero
justificar o fato de o rapaz ter revidado a provocação com agressão física ao
homem, mas sabe-se lá quantas vezes em sua vida ele pode ter sido vítima de
chacotas do tipo. Talvez tenha chegado ao seu limite. Concordo que, ao se
deparar com este tipo de situação, não se deve revidar, e sim buscar o estado
de direito. Mas para isso, todos temos que colaborar, inclusive um delegado de
polícia, que deve se esforçar mais para enxergar a homofobia escondida nas
entrelinhas de determinadas situações corriqueiras em suas delegacias. Enquanto
isso não acontecer, como nos sentiremos à vontade para procurar amparo na
polícia quando sofrermos esse tipo de “gracinha” vinda de pessoas que nem ao
menos nos conhecem?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Tenho
certeza que o delegado Jorge Veloso, em sua experiência e notória sensibilidade
ao tema (notei que ele, em todo o tempo de nossa conversa, usava corretamente o
termo “orientação sexual”) é um de nossos aliados nesta causa. A prova de seu
interesse em elucidar o caso é que agora, às 21h58 desta sexta-feira, quando
terminava de escrever este texto, recebi um telefonema do delegado Veloso que
me informou que o assassino já foi identificado: seu nome é Helio Galdino
Vieira, 38 anos. A polícia espera agora o juiz expedir o mandado de prisão, e
Galdino passa então a ser foragido. Já
há inclusive um retrato seu em posse da polícia. Conto com a participação de
tod@s na disseminação destas informações. Postarei a foto assim que a tiver.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<i>*Well Castilhos é
jornalista, especialista em gênero e sexualidade pelo CLAM/UERJ, fundador do
Grupo Liberdade de Direitos Humanos de São Gonçalo e Superintendente de
Políticas da Sexualidade da Secretara de Direitos Humanos de Maricá.<o:p></o:p></i></div>
</div>
SANTA DIVERSIDADEhttp://www.blogger.com/profile/03869720093310002082noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8764308972312952797.post-80742298042894076032013-02-05T16:15:00.003-02:002013-02-05T16:15:40.655-02:00Enquanto mundo discute casamento gay, Brasil aprova lei da moral<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Ao <span style="background-color: white; color: #202020; font-family: Georgia, serif; font-size: 14px; line-height: 22px;">inaugurar seu segundo mandato na Casa Branca, o presidente Barack Obama afirmou: "</span><span style="background-color: white; color: #202020; font-family: Georgia, serif; font-size: 14px; line-height: 22px;">Nossa jornada não estará completa enquanto nossos irmãos e irmãs gays não forem tratados como todas as outras pessoas perante a lei –pois, se somos verdadeiramente criados iguais, então com certeza o amor que dedicamos uns aos outros também deve ser igual”</span><span style="background-color: white; color: #202020; font-family: Georgia, serif; font-size: 14px; line-height: 22px;">.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #202020; font-family: Georgia, serif; font-size: 14px; line-height: 22px;"><br /></span>
<br />
<div class="MsoNormal">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-XAZjd6xChvA/URFMGdApozI/AAAAAAAABkU/4ecJct-01lU/s1600/manifesta%C3%A7%C3%A3o_francesa.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-XAZjd6xChvA/URFMGdApozI/AAAAAAAABkU/4ecJct-01lU/s1600/manifesta%C3%A7%C3%A3o_francesa.jpg" /></a><span style="color: #202020; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Por sua vez, <span style="background: white;">o presidente francês François
Hollande também impulsionou a questão apresentando projeto para o
reconhecimento do casamento na França. A despeito de todas as manifestações contrárias (foto),
organizadas por grupos religiosos em diferentes partes da França - tida como um
país avançado e de tradição laica - a </span></span><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Assembleia Nacional francesa
adotou esta semana o artigo do projeto de lei que autoriza o casamento entre
duas pessoas do mesmo sexo. O texto ainda inclui a permissão de adoção pelos
homossexuais. </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span><span style="background-color: white; font-family: Georgia, Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 15px; line-height: 24px;">Por 249 votos contra 97, os deputados aprovaram o artigo 1º do texto, o mais importante, que afirma que “o casamento é contraído por duas pessoas de sexos diferentes ou do mesmo sexo”. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white; font-family: Georgia, Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 15px; line-height: 24px;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: Georgia, Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 15px; line-height: 24px;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Mas e o Brasil?</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div style="border: 0px; color: #202020; font-family: Georgia, serif; font-size: 14px; line-height: 22px; padding: 0px 0px 28px; vertical-align: baseline;">
Na mesma semana da conclamação de Obama pela igualdade na orientação sexual, o outrora liberal Rio de Janeiro aprovava uma lei de “resgate de valores morais”, proposta pela deputada Myriam Rios, porta-bandeira da bancada religiosa.</div>
<div style="border: 0px; color: #202020; font-family: Georgia, serif; font-size: 14px; line-height: 22px; padding: 0px 0px 28px; vertical-align: baseline;">
Uma importante estratégia de combate à homofobia foi abandonada antes mesmo de começar nas escolas públicas em razão de críticas conservadoras e acabou virando tema de campanha eleitoral. Por incrível que possa parecer, deputados federais discutem, em pleno século 21, um projeto de lei que autoriza a “cura de gays”.<br /><br />Como podemos estar trafegando tão abertamente na contramão?</div>
<div style="border: 0px; color: #202020; font-family: Georgia, serif; font-size: 14px; line-height: 22px; padding: 0px 0px 28px; vertical-align: baseline;">
Esse moralismo não é nocivo porque pretende simplesmente instaurar ou resgatar valores –mas porque quer fazer com que o Estado escolha alguns deles para impor ao conjunto de seus cidadãos.</div>
<div style="border: 0px; color: #202020; font-family: Georgia, serif; font-size: 14px; line-height: 22px; padding: 0px 0px 28px; vertical-align: baseline;">
Quando Myriam Rios fala em “valorizar a família”, como em geral ocorre com parlamentares da fé, vitamina o preconceito contra tudo o que entende por “anormal” ou o que desvia do seu “padrão cristão”. Não à toa, como outros integrantes da “bancada da moral” confunde expressa e maliciosamente pedofilia com homossexualidade.</div>
<div style="border: 0px; color: #202020; font-family: Georgia, serif; font-size: 14px; line-height: 22px; padding: 0px 0px 28px; vertical-align: baseline;">
Na democracia, o pluralismo impede que o Estado imponha um determinado comportamento moral ou que puna quem quer seja por praticar outros que não afetem terceiros.</div>
<div style="border: 0px; color: #202020; font-family: Georgia, serif; font-size: 14px; line-height: 22px; padding: 0px 0px 28px; vertical-align: baseline;">
O “moral”, dentro do estado democrático, é construir a igualdade.</div>
<div style="border: 0px; color: #202020; font-family: Georgia, serif; font-size: 14px; line-height: 22px; padding: 0px 0px 28px; vertical-align: baseline;">
A dignidade humana, que na Constituição é um valor fundante, iluminando direitos e obrigações, relações públicas ou privadas, impõe a consideração de todos como seres humanos com iguais direitos à sua realização pessoal –inclusive na busca da felicidade.</div>
<div style="border: 0px; color: #202020; font-family: Georgia, serif; font-size: 14px; line-height: 22px; padding: 0px 0px 28px; vertical-align: baseline;">
Mas a igualdade exige ainda uma firme luta contra o preconceito, que vitima cada vez mais homossexuais, em bárbaras e covardes agressões à luz do dia. Também isso faz parte da luta contra a desigualdade –país rico é país sem preconceito, deve dizer a propaganda oficial.</div>
<div style="border: 0px; color: #202020; font-family: Georgia, serif; font-size: 14px; line-height: 22px; padding: 0px 0px 28px; vertical-align: baseline;">
Governo e Congresso patinam no tema do casamento gay, que só foi reintroduzido pelo Judiciário, curiosamente o mais tradicionalista dos poderes. Mas ainda assim, pela força do simbolismo, as portas que ele pode abrir e os comportamentos violentos que pode frear, já estava na hora de a presidenta Dilma fazer coro com seus parceiros democratas e socialistas nessa luta pela ampliação dos direitos civis.</div>
<br />
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p></o:p></span></div>
</div>
SANTA DIVERSIDADEhttp://www.blogger.com/profile/03869720093310002082noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8764308972312952797.post-35425828376968409582013-01-21T13:53:00.000-02:002013-01-21T13:55:18.831-02:00Cabral aprova lei da moral e dos bons costumes<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
“Programa de resgate de valores morais, sociais, éticos e espirituais”. O nome é pomposo e, pela extensão e conteúdo que sugere, vai exigir um esforço sem precedentes do governo do Rio: Sancionado na quinta-feira pelo governador Sérgio Cabral, o projeto de lei, de autoria da deputada Myrian Rios (PSD), tem a finalidade “promover o resgate da cidadania, o fortalecimento das relações humanas e a valorização da família, da escola e da comunidade como um todo”. Explicação muito genérica?<br />
<br />
A deputada dá uma dica na justificativa do projeto: “infelizmente, a sociedade de uma maneira geral vem cada dia mais se desvencilhando dos valores morais, sociais, éticos e espirituais (...) Sem esse tipo de valor, tudo é permitido, se perde o conceito do bom e ruim, do certo e errado. Perde-se o critério do que se pode e deve fazer ou o que não se pode”. Para disseminar o que é certo e errado, a nova lei determina que o governo do estado deve fazer convênios e parcerias “articuladas e significativas” com prefeituras e sociedade civil.<br />
<br />
Procurado, o governador deixou que a Secretaria estadual de Assistência Social e Direitos Humanos a missão de explicar como aplicará o programa, já que o órgão é quem deve pôr em prática nova lei. Mas até mesmo o secretário Zaqueu Teixeira (PT) foi pego de surpresa. Teixeira informou que terá ainda que discutir como regulamentar a lei, definindo quais serão os projetos para o “fortalecimento das relações humanas”.<br />
<br />
Myrian Rios foi eleita em 2010 pelo PDT, depois foi para o PSD, hoje partido da base do governo. A ex-atriz e missionária já se envolveu numa polêmica em 2011 ao insinuar num discurso na Alerj haver semelhanças entre a pedofilia e a homossexualidade. Na época, disse que foi mal interpretada e pediu desculpas.<br />
<br />
Fonte: <a href="http://oglobo.globo.com/rio/cabral-aprova-lei-da-moral-dos-bons-costumes-7329567#ixzz2IJTnF46p">http://oglobo.globo.com/rio/cabral-aprova-lei-da-moral-dos-bons-costumes-7329567#ixzz2IJTnF46p</a></div>
SANTA DIVERSIDADEhttp://www.blogger.com/profile/03869720093310002082noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8764308972312952797.post-6475047550849930682012-12-12T12:49:00.000-02:002012-12-12T12:49:14.548-02:00Evangélicos farão passeata para impedir casamento gay em cartório<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-XgCe-1o5hE0/UMiZG2HmTYI/AAAAAAAABjo/I4GNyCOYreA/s1600/casamento-sapucaia.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-XgCe-1o5hE0/UMiZG2HmTYI/AAAAAAAABjo/I4GNyCOYreA/s1600/casamento-sapucaia.jpg" /></a></div>
<div>
O casal José Cláudio e Márcio Camilo conseguiram autorização para oficializar sua união estável no cartório da cidade de Sapucaia, no interior do Rio de Janeiro O juiz Luiz Olímpio mangabeira foi o responsável pela permissão. </div>
<div>
<br /></div>
<div>
A união deve ser formalizada no dia 14 de dezembro, sexta-feira, mas segundo o colunista Ancelmo Góis, do jornal O Globo, evangélicos do município já estão preparando um protesto contra a união. Os religiosos fizeram um abaixo-assinado e pretendem organizar uma passeata para impedir o casamento.<br /><br /></div>
</div>
SANTA DIVERSIDADEhttp://www.blogger.com/profile/03869720093310002082noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8764308972312952797.post-68712307999844102612012-12-12T12:27:00.000-02:002012-12-12T12:27:01.732-02:00Justiça do Rio reconhece 100 uniões estáveis homoafetivas<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-idehZ6bPzcY/UMiT5zsUj6I/AAAAAAAABjA/KApu_UaByHU/s1600/bolo.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-idehZ6bPzcY/UMiT5zsUj6I/AAAAAAAABjA/KApu_UaByHU/s1600/bolo.jpg" /></a></div>
<div style="background-color: white; font-family: Verdana; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 25px; margin-top: 5px; padding: 0px;">
No Rio de Janeiro, cem casais gays oficializaram sua união estável no domingo (9/12) na maior cerimônia coletiva do Brasil, que aconteceu no TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro). Pela primeira vez, o TJ incentivou publicamente seus servidores homossexuais a se unirem a seus companheiros, espalhando cartazes pelos ambientes públicos da instituição. Os noivos e as noivas tiveram direito a uma festa completa, com troca de alianças, bolo e bem casado.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Verdana; font-size: 14px; line-height: 20px; margin-bottom: 25px; margin-top: 5px; padding: 0px;">
Esta edição supera, em número de casais, seu próprio recorde: foram 50 trocas de alianças na segunda celebração, em julho deste ano. Para Cláudio Nascimento, coordenador do Programa Estadual Rio Sem Homofobia, que organiza as cerimônias, esta "é mais uma oportunidade para que casais homoafetivos possam reafirmar seus direitos, estabelecendo suas uniões estáveis e dando continuidade aos avanços na área dos direitos civis da população LGBT".</div>
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SANTA DIVERSIDADEhttp://www.blogger.com/profile/03869720093310002082noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8764308972312952797.post-51877605973835800162012-12-04T16:16:00.000-02:002012-12-04T16:16:00.560-02:00O que é família, segundo Victor Hugo<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-AL5FSeJzoa0/UL47xO3hKhI/AAAAAAAABiY/C-IM-iofgXg/s1600/manifesta%C3%A7%C3%A3o_francesa.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-AL5FSeJzoa0/UL47xO3hKhI/AAAAAAAABiY/C-IM-iofgXg/s1600/manifesta%C3%A7%C3%A3o_francesa.jpg" /></a></div>
Assim como no Brasil, <span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, Verdana, Helvetica, Arial; font-size: 15px;">o casamento de pessoas do mesmo sexo está sendo discutido na França, onde o assunto </span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, Verdana, Helvetica, Arial; font-size: 15px;">está causando uma grande ebulição, com passeatas - organizadas pelos setores conservadores - contra a lei que está sendo votada que permite o casamento igualitário (já aprovado na Argentina). </span><br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, Verdana, Helvetica, Arial; font-size: 15px;"><div>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, Verdana, Helvetica, Arial; font-size: 15px;"><br /></span></div>
Abaixo, reproduzo a fala da psicanalista francesa Elizabeth Roudinesco, conhecida historiadora da psicanálise que leu esse texto na Assembléia Nacional francesa frente à Comissão de leis, que no último dia 15 de novembro consultou os psicanalistas sobre o projeto de lei Casamento para todos. </span><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, Verdana, Helvetica, Arial; font-size: 15px;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, Verdana, Helvetica, Arial; font-size: 15px;"><br /></span><div>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, Verdana, Helvetica, Arial; font-size: 15px;">Achei muito interessante a argumentação dela. Prestem atenção especialmente a como ela define "família" - bem diferente das leituras que se faz no Brasil, onde geralmente se acha que "família" é papai, mamãe e filhos.</span></div>
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<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, Verdana, Helvetica, Arial; font-size: 15px;"><br /></span></div>
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<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, Verdana, Helvetica, Arial; font-size: 15px;">Boa leitura!</span></div>
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<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri, Verdana, Helvetica, Arial; font-size: 15px;"><br /></span></div>
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<div style="font-family: Calibri, Arial; font-size: 14px;">
“Excelentíssimo Sr. presidente da Comissão de leis, Sr. Relator, senhoras e senhores parlamentares,<img align="right" alt="" height="126" src="http://www.clam.org.br/uploads/imagem/ERoudinesco.jpg" width="126" /></div>
<div style="font-family: Calibri, Arial; font-size: 14px;">
Gostaria de agradecer a honra que me outorgaram, convidando-me para esta sessão sobre um tema ao qual já dediquei muitos estudos enquanto historiadora sobre a família, sexualidade, psicanalise e psiquiatria. Permito-me também falar aqui como “testemunho”, posto que minha mãe, Jenny Aubry, pediatra, médica e psicanalista durante toda a sua vida tratou de crianças em sofrimento: crianças abandonadas, em orfanato, maltratadas, crianças doentes, crianças superdotadas, crianças aguardando adoção e filiação.</div>
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Sou favorável a essa lei e como muitos de meus colegas sociólogos, antropólogos e historiadores que os senhores já ouviram – penso em particular como Irene Théry – fiquei surpresa com a violência com a qual, novamente, os homossexuais foram estigmatizados em seu desejo de fundar uma família e, portanto, de beneficiar, através do casamento, de direitos equivalentes aos de pessoas de sexo diferente.</div>
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<br /></div>
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É possível compreender que os religiosos sejam contrários a esta mutação da questão do casamento, considerando que eles possuem uma visão imutável e essencialista da família, através da qual o pai permanece como o substituto de Deus e a diferença bio-anatômica dos sexos fundamenta todo o direito natural. Mas da parte de especialistas do tratamento psíquico que atendem famílias perturbadas, tal oposição me parece incompreensível, em particular quando eles se reivindicam daquilo que foi e é, na história da psicanálise, a concepção freudiana da família.</div>
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Em momento algum se encontrará na obra do fundador da psicanálise o que uma parte de seus herdeiros pretende detectar atualmente: o casamento homossexual seria o fim da família, seria uma denegação da diferença de sexos, uma desgraça para as crianças, condenadas a ter pais perversos, condenadas a ficar sem filiação, sem lei do pai separador, etc. Não somente Freud não considerava os homossexuais como seres não humanos, como, em seu tempo, manifestou claramente sua vontade de despenalizar esta forma de sexualidade. Não somente nem por um instante passou pela cabeça dele que a família pudesse se sustentar no primado da diferença biológica dos sexos – uma vez que esta é uma evidência e não uma construção – como aceitou que sua filha Anna criasse os filhos de sua companheira e considerou que se tratava ali de uma família: estas são as palavras dele. Portanto, não façamos Freud dizer o que ele nunca disse, exceto ao mergulhar em um anacronismo que todo historiador tem obrigação de criticar.</div>
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<br /></div>
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Na realidade, o que assistimos hoje não é uma revolução que conduziria ao desaparecimento da família, mas a uma evolução que, ao contrário, a pereniza: o desejo dos homossexuais de entrar na ordem procriativa, ou seja, na ordem familiar da qual haviam sido excluídos. Este desejo de normatividade que se observa há cerca de trinta anos é a consequência da despenalização da homossexualidade nas sociedades democráticas, mas também dessa hecatombe que foi a AIDS. Querer se reproduzir estando inscrito na ordem familiar é também um desejo de vida, de transmissão. E é esta aspiração à normatividade que incomoda os oponentes à lei porque no fundo, ainda que não homofóbicos, eles gostariam de manter hoje em dia a imagem do homossexual maldito encarnado por Proust ou Oscar Wilde: na visão deles o homossexual deve permanecer clinicamente perverso, ou seja, fora da ordem procriativa.</div>
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<br /></div>
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A abundância de culturas é, no entanto, suficientemente extensa para permitir uma infinita variedade de modalidades de organização familiar. De outra forma dita, deve-se admitir que, durante séculos manifestaram-se no interior de duas grandes ordens do biológico (diferença sexual) e do simbólico (proibição do incesto e outras interdições), não somente transformações próprias à instituição familiar, como também modificações do olhar dirigido para ela ao longo de gerações. Uma vez admitida esta definição, cabe retomar a questão histórica. Fundada por muitos séculos na soberania divina do pai, a família ocidental se transformou em uma família biológica a partir do início do século XIX com o advento da burguesia que atribuía à maternidade um lugar central. A nova ordem familiar pôde então controlar o perigo que representava o lugar do feminino, ao preço do questionamento do antigo poder patriarcal. Do seu declínio, do qual Freud tornou-se testemunha e principal teórico, emergiu um processo de emancipação que permitiu às mulheres afirmar sua diferença – especialmente ao separar maternidade de desejo e procriação, e ao querer ter acesso ao trabalho –, tomar as crianças como sujeitos e não como imitações de adultos e aos homossexuais de se normalizar e de não mais ser considerados perversos. Esse movimento gerou angústia e desordem específicas, ligadas ao terror da abolição da diferença de sexos, com, no final do percurso, a perspectiva de uma dissolução da família. No final do século XIX, de fato temia-se que as mulheres, ao trabalhar, se tornassem homens e que a diferença de sexos fosse abolida. E hoje em dia, tem-se medo dessa mesma abolição que, nos dizem, viria dos homossexuais que também desejam fundar famílias.</div>
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Mas o que funda a família no plano antropológico não é somente a diferença biológica de sexos – o que aliás não envolve necessariamente a existência de um pai real e de uma mãe real, mas ambos de substitutos. É antes e, sobretudo, a proibição do incesto e a necessidade de troca: faz-se necessário <i>as</i>famílias para que <i>a </i>família exista e faz-se necessário a proibição para assegurar aquilo que nos diferencia do mundo animal: a passagem da natureza à cultura. E que eu saiba nunca os homossexuais criando filhos renunciaram a essa necessidade. E foi mais sobre essa questão que sobre a da diferença biológica que Freud aderiu em sua época às transformações da família ao aproximar as neuroses burguesas das tragédias antigas, ou seja, à interrogação de cada sujeito sobre sua origem: quem eu sou, de onde venho? Tal é a questão de Édipo de Sófocles. De que sou culpado? Tal é a questão de Hamlet, os dois heróis preferidos de Freud que de forma alguma criou uma psicologia familiarista. Quanto ao casamento, instituição especificamente humana e desde então laica, ele é a tradução jurídica, legal, de certo estado da família em uma época dada. Em nada imutável e sempre evoluindo, sempre em mutação como mostram também as revisões que o Código Civil sofreu desde a sua instauração na França em 1792. Em todos os lugares, nas sociedades democráticas, a instituição do casamento está em evolução como a família...</div>
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<br /></div>
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Para concluir, gostaria de dizer que o que destrói a família não é o desejo dos homossexuais de integrar a ordem familiar. Nunca é o desejo de fundar família, mas a miséria psíquica, material, moral, esta que vemos hoje e que conduz a derivas assassinas, ao terrorismo, ao sectarismo religioso. Miséria distinta de destinos trágicos próprios às dinastias reais que se destroem de dentro.<br /><br />Victor Hugo enunciou em <i>Os Miseráveis</i>, livro que todos deveriam ler hoje nestes tempos de crise econômica e crise moral: o pai desempregado e explorado, a mãe escravizada, a criança vagabunda. Mas, sobretudo, gostaria de assinalar que esse mesmo Hugo, que ao longo de sua existência aderiu a todas as formas de parentalidade próprias à sua época – casamento por amor, adultério, pai, patriarca, avô, pai infeliz diante da loucura de uma filha e a morte de outra, pai amante do amor – forjou, através de Jean Valjean, um personagem célebre sobre o qual deveriam refletir todos aqueles que na essência argumentam que o bem-estar da criança exige a presença absolutamente necessária de um homem e uma mulher, de um pai e de uma mãe.<br /><br />Resgatado da miséria, habitado pelo desejo do mal durante os dezenove anos que passou na prisão, e depois convertido por um religioso à vontade de fazer o bem, Valjean nunca tinha conhecido, aos 55 anos de idade, a menor relação carnal ou amorosa. Virgem, ele nunca tinha amado nem pai, nem mãe, nem amante, nem mulher, nem amigo.<br /><br />Quando descobre através de Fantine, ex-prostituta, a existência de Cosette – criança mártir, humilhada pelos Thénardier –, ele vai procurá-la e torna-se seu pai, sua mãe, seu educador, seu tutor, enfim, o substituto de tudo que falta à criança sem amor: um único substituto que basta para assegurar então a felicidade futura da criança mais miserável da terra. Nove meses: o tempo de uma gestação. O coração do condenado, diz Hugo, está “repleto de virgindades” e, ao ver Cosette, ele sente pela primeira vez “um êxtase amoroso que vai ao desvario”. Imediatamente sentiu as fisgadas, ou seja, as dores do parto: “Como uma mãe, e sem saber do que se trata.” Literalmente, portanto, ele dá a luz a uma criança e o amor que ele sente é materno. Por sua vez, a criança, tendo esquecido o rosto de sua mãe, só tendo conhecido socos, só tendo amado uma vez na vida, não um humano, mas um animal – um cachorro – olha para esse homem que ela vai chamar de pai sem saber quem ele é e sem nunca saber seu verdadeiro nome. Ela vai amá-lo além de qualquer conhecimento da diferença entre uma mãe e um pai, como um santo, desprovido de sexualidade.</div>
<div style="font-family: Calibri, Arial; font-size: 14px;">
<br /></div>
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Atualmente, diante de pedopsiquiatras “especialistas”, assombrados pelo espectro da abolição da diferença de sexos, Valjean seria sem duvida visto como um pai mau ou uma mãe má, ou pior ainda, como um pedófilo.</div>
<div style="font-family: Calibri, Arial; font-size: 14px;">
Então, eu diria a todos aqueles que, em nome de uma impossível normalidade, fustigam as famílias monoparentais, homoparentais, “anormais”, divorciadas, que cada criança amaria tanto ter por mãe e pai a cada vez um Jean Valjean.”</div>
</div>
</div>
SANTA DIVERSIDADEhttp://www.blogger.com/profile/03869720093310002082noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8764308972312952797.post-46462484967782836712012-11-21T16:59:00.004-02:002012-11-21T16:59:56.623-02:00Somos cabras?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-_3G8tYqE3Ds/UK0hOCIiQ7I/AAAAAAAABhw/H2J3DgzQxB4/s1600/Goat.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://4.bp.blogspot.com/-_3G8tYqE3Ds/UK0hOCIiQ7I/AAAAAAAABhw/H2J3DgzQxB4/s320/Goat.jpg" width="320" /></a></div>
O artigo que o<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;"> jornalista José Roberto Guzzo utilizou para se contrapor ao casamento civil igualitário, em sua coluna semanal na revista Veja da semana passada, virou um daqueles trending topics folclóricos, simplesmente porque ele, de forma infeliz, discriminatória e tendenciosa, comparou os homossexuais às cabras para sustentar seus argumentos. <a href="http://zeninguem.blog.br/2012/11/parada-gay-cabra-e-espinafre-por-j-r-guzzo-revista-veja/">Leia aqui</a></span><br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;"><br /></span>
Gente, não pude ir à Parada do Orgulho LGBT de Copacabana no domingo (18/11), mas soube que além de ter sido um sucesso de público e como movimento político, o grande barato foram uns bottoms que faziam referência à comparação absurda da Veja (ao lado).<br />
<br />
Para mim, a melhor resposta à Veja (e a sua cabra) foi feita pelo amigo Jean Wyllys, em texto que reproduzo abaixo:<br />
<br />
<div style="background-color: white; color: olive; font-family: WinterthurCondensedRegular, 'Arial Narrow'; font-size: 16px; letter-spacing: 1px;">
:</div>
<div style="background-color: white; color: olive; font-family: WinterthurCondensedRegular, 'Arial Narrow'; font-size: 16px; letter-spacing: 1px;">
<b>Veja que lixo!</b></div>
<div style="background-color: white; color: olive; font-family: WinterthurCondensedRegular, 'Arial Narrow'; font-size: 16px; letter-spacing: 1px;">
<b><br />por Jean Wyllys</b></div>
<div style="background-color: white; color: olive; font-family: WinterthurCondensedRegular, 'Arial Narrow'; font-size: 16px; letter-spacing: 1px;">
<b><br /></b></div>
<div style="background-color: white; color: olive; font-family: WinterthurCondensedRegular, 'Arial Narrow'; font-size: 16px; letter-spacing: 1px;">
<b>Eu havia prometido não responder à coluna do ex-diretor de redação de Veja, José Roberto Guzzo, para não ampliar a voz dos imbecis. Mas foram tantos os pedidos, tão sinceros, tão sentidos, que eu dominei meu asco e decidi responder.<br />A coluna publicada na edição desta semana do libelo da editora Abril — e que trata sobre o relacionamento dele com uma cabra e sua rejeição ao espinafre, e usa esses exemplos de sua vida pessoal como desculpa para injuriar os homossexuais — é um monumento à ignorância, ao mau gosto e ao preconceito.<br />Logo no início, Guzzo usa o termo “homossexualismo” e se refere à nossa orientação sexual como “estilo de vida gay”. Com relação ao primeiro, é necessário esclarecer que as orientações sexuais (seja você hétero, gay ou bi) não são tendências ideológicas ou políticas nem doenças, de modo que não tem “ismo” nenhum. São orientações da sexualidade, por isso se fala em “homossexualidade”, “heterossexualidade” e “bissexualidade”. Não é uma opção, como alguns acreditam por falta de informação: ninguém escolhe ser gay, hétero ou bi.<br />O uso do sufixo “ismo”, por Guzzo, é, portanto, proposital: os homofóbicos o empregam para associar a homossexualidade à ideia de algo que pode passar de uns a outros – “contagioso” como uma doença – ou para reforçar o equívoco de que se trata de uma “opção” de vida ou de pensamento da qual se pode fazer proselitismo.<br />Não se trata de burrice da parte do colunista portanto, mas de má fé. Se fosse só burrice, bastaria informar a Guzzo que a orientação sexual é constitutiva da subjetividade de cada um/a e que esta não muda (Gosta-se de homem ou de mulher desde sempre e se continua gostando); e que não há um “estilo de vida gay” da mesma maneira que não há um “estilo de vida hétero”.<br />A má fé conjugada de desonestidade intelectual não permitiu ao colunista sequer ponderar que heterossexuais e homossexuais partilham alguns estilos de vida que nada têm a ver com suas orientações sexuais! Aliás, esse deslize lógico só não é mais constrangedor do que sua afirmação de que não se pode falar em comunidade gay e que o movimento gay não existe porque os homossexuais são distintos. E o movimento negro? E o movimento de mulheres? Todos os negros e todas as mulheres são iguais, fabricados em série?<br />A comunidade LGBT existe em sua dispersão, composta de indivíduos que são diferentes entre si, que têm diferentes caracteres físicos, estilos de vida, ideias, convicções religiosas ou políticas, ocupações, profissões, aspirações na vida, times de futebol e preferências artísticas, mas que partilham um sentimento de pertencer a um grupo cuja base de identificação é ser vítima da injúria, da difamação e da negação de direitos! Negar que haja uma comunidade LGBT é ignorar os fatos ou a inscrição das relações afetivas, culturais, econômicas e políticas dos LGBTs nas topografias das cidades. Mesmo com nossas diferenças, partilhamos um sentimento de identificação que se materializa em espaços e representações comuns a todos. E é desse sentimento que nasce, em muitos (mas não em todos, infelizmente) a vontade de agir politicamente em nome do coletivo; é dele que nasce o movimento LGBT. O movimento negro — também oriundo de uma comunidade dispersa que, ao mesmo tempo, partilha um sentimento de pertença — existe pela mesma razão que o movimento LGBT: porque há preconceitos a serem derrubados, injustiças e violências específicas contra as quais lutar e direitos a conquistar.<br />A luta do movimento LGBT pelo casamento civil igualitário é semelhante à que os negros tiveram que travar nos EUA para derrubar a interdição do casamento interracial, proibido até meados do século XX. E essa proibição era justificada com argumentos muito semelhantes aos que Guzzo usa contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo.<br />Afirma o colunista de Veja que nós os homossexuais queremos “ser tratados como uma categoria diferente de cidadãos, merecedora de mais e mais direitos”, e pouco depois ele coloca como exemplo a luta pelo casamento civil igualitário. Ora, quando nós, gays e lésbicas, lutamos pelo direito ao casamento civil, o que estamos reclamando é, justamente, não sermos mais tratados como uma categoria diferente de cidadãos, mas igual aos outros cidadãos e cidadãs, com os mesmos direitos, nem mais nem menos. É tão simples! Guzzo diz que “o casamento, por lei, é a união entre um homem e uma mulher; não pode ser outra coisa”. Ora, mas é a lei que queremos mudar! Por lei, a escravidão de negros foi legal e o voto feminino foi proibido. Mas, felizmente, a sociedade avança e as leis mudam. O casamento entre pessoas do mesmo sexo já é legal em muitos países onde antes não era. E vamos conquistar também no Brasil!<br />Os argumentos de Guzzo contra o casamento igualitário seriam uma confissão pública de estupidez se não fosse uma peça de má fé e desonestidade intelectual a serviço do reacionarismo da revista. Ele afirma: “Um homem também não pode se casar com uma cabra, por exemplo; pode até ter uma relação estável com ela, mas não pode se casar”. Eu não sei que tipo de relação estável o senhor Guzzo tem com a sua cabra, mas duvido que alguém possa ter, com uma cabra, o tipo de relação que é possível ter com um cabra — como Riobaldo, o cabra macho que se apaixonou por Diadorim, que ele julgava ser um homem, no romance monumental de Guimarães Rosa. O que ele, Guzzo, chama de “relacionamento” com sua cabra é uma fantasia, pois falta o intersubjetivo, a reciprocidade que, no amor e no sexo, só é possível com outro ser humano adulto: duvido que a cabra dele entenda o que ele porventura faz com ela como um “relacionamento”.<br />Guzzo também argumenta que “se alguém diz que não gosta de gays, ou algo parecido, não está praticando crime algum – a lei, afinal, não obriga nenhum cidadão a gostar de homossexuais, ou de espinafre, ou de seja lá o que for”. Bom, nós, os gays, somos como o espinafre ou como as cabras. Esse é o nível do debate que a Veja propõe aos seus leitores.<br />Não, senhor Guzzo, a lei não pode obrigar ninguém a “gostar” de gays, negros, judeus, nordestinos, travestis, imigrantes ou cristãos. E ninguém propõe que essa obrigação exista. Pode-se gostar ou não gostar de quem quiser na sua intimidade (De cabra, inclusive, caro Guzzo, por mais estranho que seu gosto me pareça!). Mas não se pode injuriar, ofender, agredir, exercer violência, privar de direitos. É disso que se trata.<br />O colunista, em sua desonestidade intelectual, também apela para uma comparação descabida: “Pelos últimos números disponíveis, entre 250 e 300 homossexuais foram assassinados em 2010 no Brasil. Mas, num país onde se cometem 50000 homicídios por ano, parece claro que o problema não é a violência contra os gays; é a violência contra todos”. O que Guzzo não diz, de propósito (porque se trata de enganar os incautos), é que esses 300 homossexuais foram assassinados por sua orientação sexual! Essas estatísticas não incluem os gays mortos em assaltos, tiroteios, sequestros, acidentes de carro ou pela violência do tráfico, das milícias ou da polícia.<br />As estatísticas se referem aos LGBTs assassinados exclusivamente por conta de sua orientação sexual e/ou identidade de gênero! Negar isso é o mesmo que negar a violência racista que só se abate sobre pessoas de pele preta, como as humilhações em operações policiais, os “convites” a se dirigirem a elevadores de serviço e as mortes em “autos de resistência”.<br />Qual seria a reação de todos nós se Veja tivesse publicado uma coluna em que comparasse os negros com cabras e os judeus com espinafre? Eu não espero pelo dia em que os homens concordem, mas tenho esperança de que esteja cada vez mais perto o dia em que as pessoas lerão colunas como a de Guzzo e dirão “veja que lixo!”.</b></div>
<div style="background-color: white; color: olive; font-family: WinterthurCondensedRegular, 'Arial Narrow'; font-size: 16px; letter-spacing: 1px;">
<b>Jean Wyllys<br />Deputado Federal (PSOL-RJ)</b></div>
</div>
SANTA DIVERSIDADEhttp://www.blogger.com/profile/03869720093310002082noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8764308972312952797.post-48187548629722574702012-11-07T16:57:00.001-02:002012-11-07T16:57:15.806-02:00Obama teve forte apoio de minorias e mulheres para conquistar reeleição<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div style="border: 0px; color: #333333; font-family: arial; font-size: 14px; line-height: 20px; list-style: none; margin-bottom: 14px; outline: 0px; padding: 0px;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-p5WIpcJoPKk/UJqu7u_vxRI/AAAAAAAABhI/3z2RTgeB3Pw/s1600/Obama.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://2.bp.blogspot.com/-p5WIpcJoPKk/UJqu7u_vxRI/AAAAAAAABhI/3z2RTgeB3Pw/s320/Obama.jpg" width="320" /></a>Para conquistar sua reeleição na terça-feira, o presidente dos EUA, Barack Obama, contou com o voto dos hispânicos, mulheres e moderados nacionalmente e em sete dos nove swing states (Estados-pêndulo, em tradução livre), que eram considerados cruciais pelo fato de as pesquisas de intenção de voto indicarem que não tinham um resultado definido.</div>
<div style="border: 0px; color: #333333; font-family: arial; font-size: 14px; line-height: 20px; list-style: none; margin-bottom: 14px; outline: 0px; padding: 0px;">
Com uma diferença de cerca de 700 mil votos, Obama obteve uma vitória apertada sobre o candidato republicano, o ex-governador de Massachusetts Mitt Romney, na votação nacional popular, mas venceu de forma ampla no que interessava: a disputa pelos votos do Colégio Eleitoral. Indireta, a eleição americana não é decidida pelos votos populares, mas por disputas Estado a Estado e seus respectivos delegados no órgão de 538 membros.</div>
<div style="border: 0px; color: #333333; font-family: arial; font-size: 14px; line-height: 20px; list-style: none; margin-bottom: 14px; outline: 0px; padding: 0px;">
Dos nove Estados em jogo, Obama venceu no Colorado, Iowa, Nevada, New Hampshire, Ohio, Virgínia e Wisconsin, enquanto Romney ganhou na Carolina do Norte. O resultado da Flórida ainda está muito indefinido para que seja declarado um vencedor. Com as vitórias, o líder americano obteve ao menos 303 votos no Colégio Eleitoral, enquanto seu rival ficou com 206.</div>
<div style="border: 0px; color: #333333; font-family: arial; font-size: 14px; line-height: 20px; list-style: none; margin-bottom: 14px; outline: 0px; padding: 0px;">
Obama, que em 2008 se tornou o primeiro presidente negro dos EUA, continuou a fazer história na terça-feira ao se tornar o primeiro líder a ser reeleito desde Franklin Roosevelt (1933-1945) com uma taxa de desemprego tão alta quanto a de agora: 7,9% em outubro. Os índices ainda são efeito do fato de o país ter passado, depois de 2008, por sua pior recessão desde a Grande Depressão dos anos 30.</div>
<div style="border: 0px; color: #333333; font-family: arial; font-size: 14px; line-height: 20px; list-style: none; margin-bottom: 14px; outline: 0px; padding: 0px;">
De acordo com pesquisas de boca de urna, Obama recebeu forte apoio do eleitorado feminino, assim como de negros e hispânicos, grupos que também pavimentaram sua vitória há quatro anos. Segundo o New York Times, os latinos representaram um em cada dez eleitores em nível nacional e votaram a favor do presidente em números maiores do que em 2008, fazendo diferença nos cruciais Colorado e Nevada.</div>
<div style="border: 0px; color: #333333; font-family: arial; font-size: 14px; line-height: 20px; list-style: none; margin-bottom: 14px; outline: 0px; padding: 0px;">
</div>
<div style="border: 0px; list-style: none; margin-bottom: 14px; outline: 0px; padding: 0px;">
O grupo favorável a Romney incluiu eleitores brancos, masculinos, mais velhos, evangélicos, pessoas de alta renda, moradores de áreas do subúrbio ou rurais e aqueles que se declaram partidários do Tea Party, movimento ultraconservador que ecoou dentro do Partido Republicano em 2009 em reação às medidas de Obama contra a crise de 2008, como planos de resgate a bancos e à indústria automobilística.</div>
<div style="border: 0px; list-style: none; margin-bottom: 14px; outline: 0px; padding: 0px;">
Com um nome que se refere a um protesto contrário a impostos cobrados pela Inglaterra sobre o chá (tea, em inglês) quando os EUA ainda eram colônia em 1773, o movimento defende menor cobrança fiscal, fim da intervenção federal na economia e não prepoderância do governo federal sobre os Estados.</div>
<div style="border: 0px; list-style: none; margin-bottom: 14px; outline: 0px; padding: 0px;">
Seu discurso impulsionou os republicanos mais para posições políticas de direita, alienando eleitores mais moderados, as mulheres e os que pertencem às minorias. Após a derrota de terça, o partido provavelmente será obrigado a reavaliar o discurso anti-imigração em relação aos hispânicos, que, desde 2011, correspondem a mais de 50 milhões de habitantes – ou 16,3% da população americana, segundo dados do Censo.</div>
<div style="border: 0px; list-style: none; margin-bottom: 14px; outline: 0px; padding: 0px;">
(Fonte: G1)</div>
<br />
</div>
SANTA DIVERSIDADEhttp://www.blogger.com/profile/03869720093310002082noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8764308972312952797.post-25326359596349538012012-11-06T12:14:00.000-02:002012-11-06T12:14:01.407-02:00<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div class="MsoNormal">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/--0nWs7S709Q/UJka776qp2I/AAAAAAAABgY/slXGkZQlS2Q/s1600/Casamentogay.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://4.bp.blogspot.com/--0nWs7S709Q/UJka776qp2I/AAAAAAAABgY/slXGkZQlS2Q/s320/Casamentogay.jpg" width="320" /></a><span style="background: white; color: #333333; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O Governo do Rio de Janeiro,
através do Programa Estadual Rio Sem Homofobia, a Secretaria de Estado de
Assistência Social e Direitos Humanos, juntamente com o Tribunal de Justiça do
RJ e a Defensoria Publica do RJ realizarão mais uma cerimônia coletiva de
uniões estáveis homoafetivas, no dia 9 de dezembro!<span class="apple-converted-space"> </span></span><span style="color: #333333; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br />
<br />
<span style="background: white;">O casal interessado
em participar deverá encaminhar a ficha de inscrição (saiba como ter acesso
através do Disque Cidadania LGBT - 0800 023 4567) ou acessar o site<span class="apple-converted-space"> </span></span></span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><a href="http://www.riosemhomofobia.rj.gov.br/" style="cursor: pointer;" target="_blank" wrc_done="true"><span style="background: white; color: #3b5998; text-decoration: none; text-underline: none;">www.riosemhomofobia.rj.gov<wbr></wbr>.br</span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-LOovWH1ufXU/UJka_sCvJOI/AAAAAAAABgg/g6jqUHZ-SbY/s1600/Alian%C3%A7as.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://2.bp.blogspot.com/-LOovWH1ufXU/UJka_sCvJOI/AAAAAAAABgg/g6jqUHZ-SbY/s320/Alian%C3%A7as.jpg" width="320" /></a><span style="background: white; color: #333333; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="background: white; color: #333333; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
De acordo com a Associação Brasileira de Gays,
Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), 370 casais homossexuais
conseguiram converter sua união estável em casamento no país desde maio de
2011, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) legalizou a união estável entre
pessoas do mesmo sexo no Brasil.<span style="color: #333333; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
<br />
<span style="background: white;">Porém, a juíza Maria Berenice Dias, especialista
nos direitos dos homossexua</span>is, ressalta que o número de conversões deve
ser maior. Isso porque em algumas cidades e estados brasileiros o procedimento
de conversão da união estável pode ser feito direto no cartório, sem a
necessidade de recorrer à Justiça.<br />
<br />
O Disque Cidadania LGBT 0800 0234567 oferece orientação para casais que
pretendem realizar a união estável homoafetiva e a conversão da mesma para
casamento civil. <o:p></o:p></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="color: #333333; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">No dia 10 de outubro, </span><span style="background: white; color: #333333; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">foi publicada uma
nota no Diário Oficial da Bahia que autoriza os cartórios do estado a emitir
certidões de casamento para casais homossexuais. Os responsáveis pela decisão
foram a desembargadora Ivete Caldas, corregedora- geral da Justiça, e o
desembargador Antônio Pessoa Cardoso, corregedor das comarcas do interior do
Estado.<span class="apple-converted-space"> </span></span><span style="color: #333333; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;"><br />
<br />
<span style="background: white;">A iniciativa
reforça o que diversos juízes da Bahia já vinham fazendo, com base na decisão
do STF de maio de 2011, que legalizou a união civil entre pessoas do mesmo
sexo.<span class="apple-converted-space"> </span>A Bahia se junta
agora ao Rio Grande do Sul e a Alagoas, que também permitem o casamento gay.</span></span><span style="color: #333333; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
SANTA DIVERSIDADEhttp://www.blogger.com/profile/03869720093310002082noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8764308972312952797.post-50824940784589246372012-10-17T15:33:00.001-03:002012-10-17T16:01:17.284-03:00A epidemia não acabou<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-QJncVBoYN24/UH74fQ81a-I/AAAAAAAABfY/Z2g6PuEOrc4/s1600/Ribbon.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://4.bp.blogspot.com/-QJncVBoYN24/UH74fQ81a-I/AAAAAAAABfY/Z2g6PuEOrc4/s320/Ribbon.png" width="270" /></a></div>
<div style="text-align: right;">
<i>por Well Castilhos</i></div>
<div style="text-align: right;">
<i><br /></i></div>
<i>“A epidemia não acabou. Estabilização não basta”</i>, ressalta o antropólogo Richard Parker, professor titular da Mailman School of Public Health da Universidade de Columbia, em Nova Iorque (EUA) e referência para os estudos sobre sexualidade e sobre o impacto causado pelo HIV/AIDS no Brasil nas últimas três décadas.<br />
<br />
Nesta entrevista, que ele me concedeu após a Conferência "30 anos de Aids e os desafios políticos da epidemia no Brasil e no mundo", realizada no Instituto de Medicina Social (IMS/UERJ) no dia 11 de outubro, o antropólogo e presidente da Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS (ABIA) fala sobre o status atual do Programa Nacional de Aids, da epidemia no mundo em tempos de crise internacional, e como o governo Dilma tem lidado com a questão: <i>“O Programa de Aids brasileiro, que outrora teve um papel de liderança em escala global, encontra-se em pleno declínio, e isso é preocupante. O Brasil abandonou seu protagonismo na política de resposta frente à Aids", avalia.</i><br />
<br />
<b>A Aids foi muito debatida e problematizada, especialmente nas duas primeiras décadas após seu surgimento. Trinta anos depois, a mobilização social e política contra a doença parece estar estagnada. Pode-se dizer que ela saiu de moda?</b><br />
<b><br /></b>
De certa forma, sim. Certamente, muito da energia ativista dos anos 1980 e 1990 está bem menor hoje em dia. Em alguns casos, essa energia está sendo canalizada para outras questões afins. Nos anos 1990, pessoas LGBT tinham muito mais probabilidade de entrar na mobilização da Aids. Hoje em dia, com o crescimento do movimento LGBT e o aumento de suas organizações, as pessoas estão migrando para este movimento. O esvaziamento do campo da Aids aconteceu porque ficamos acomodados, de certa forma. Achamos que tínhamos conseguido montar uma estratégia de controle muito boa e que isso era uma batalha vencida. Assim, ficamos menos atentos, menos vigilantes.<br />
<br />
<b>A doença deixou de fazer parte da agenda do movimento LGBT?</b><br />
<b><br /></b>
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-07g7R03OC-E/UH75HY9Qg6I/AAAAAAAABfg/7J_XQQxeK14/s1600/DSC01501.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://3.bp.blogspot.com/-07g7R03OC-E/UH75HY9Qg6I/AAAAAAAABfg/7J_XQQxeK14/s320/DSC01501.JPG" style="cursor: move;" width="320" /></a>Eu diria que o movimento LGBT está fazendo muito menos do que deveria neste campo. A Aids é uma questão quase inexistente no Plano Nacional de Direitos LGBT. Ela aparece apenas duas vezes, timidamente, o que é uma pena, por que muita coisa ainda precisa ser feita. Está certo que a Aids não é uma epidemia que diga respeito somente aos homossexuais. Ela atinge a todas as pessoas, mas continua a ter um impacto muito grande nas pessoas homossexuais, especialmente entre os gays e as travestis. Então, dizer que não se trata de uma epidemia estritamente gay não significa dizer que os gays deveriam se despreocupar. É uma agenda que deve ser reincorporada, pois não está sendo priorizada pelo movimento.<br />
<b><br /></b>
<b>O que o senhor acha que se deve fazer para a questão voltar a ocupar o espaço que sempre ocupou?</b><br />
<b><br /></b>
É preciso repolitizar a Aids, isto é, voltar para as ruas, trazer o tema novamente para a arena de debates. A tendência atual é que instituições oficiais e governamentais ou atores da sociedade civil tratem a epidemia como uma questão meramente técnica. Mas não é. É sempre uma questão política, tudo que tem a ver com programas de Aids tem a ver com política. Em 1996, tínhamos a certeza da eficácia de tratamentos antirretrovirais. Dezesseis anos depois ainda não conseguimos garantir acesso aos medicamentos para todas as pessoas no mundo que precisam, por causa de barreiras políticas. Então, todas as questões que parecem ter soluções técnicas dependem de política. <br />
<br />
E todas as políticas públicas precisam ser trabalhadas para ter o tipo de resultado que desejamos. É preciso debater quais são as políticas que queremos e como iremos construí-las. Foi só por causa de uma ampla aliança entre diversos movimentos sociais (da reforma sanitária, homossexual, feminista, ativistas soropositivos) que conseguimos por em prática programas e políticas progressistas frente à epidemia de Aids no Brasil. Isso foi uma grande conquista. Mas para manter esta perspectiva progressista baseada no respeito aos direitos humanos e na justiça social, é preciso recriá-la todos os dias. É importante ter isto em mente na medida em que a Aids, em alguns setores, ficou banalizada. Temos que voltar a politizar a epidemia.<br />
<br />
<b>O senhor diria que a introdução das terapias antirretrovirais combinadas, em 1996, além de possibilitar que as pessoas soropositivas vivessem mais, trouxe também uma ideia de estabilização e conseqüente banalização da epidemia? Podemos falar que houve aí um bônus e um ônus?</b><br />
<b><br /></b>
Certamente. Por um lado, havia muito mais ênfase na mudança de comportamento para reduzir riscos antes da era dos antirretrovirais. Em diversos lugares do mundo, com o acesso a esses medicamentos, a Aids passou a ser vista como uma como uma doença crônica, menos preocupante. Algumas pessoas passaram a encará-la como uma DST qualquer, e abandonaram os meios de prevenção, como a camisinha. Pensaram: <i>“Se nos infectarmos, temos tratamento”. </i><br />
<i><br /></i>
É uma visão restrita das coisas, afinal, ninguém quer viver com doenças crônicas que são possíveis de evitar. Não é legal tomar remédios para o resto da vida, seja para diabéticos ou soropositivos. Isto tem efeitos negativos na qualidade de vida, além de custos altos para a pessoa e para o Estado. É uma complacência contra a qual precisamos lutar.<br />
<br />
<b>O que se pode fazer para reverter isso?</b><br />
<b><br /></b>
Mobilização política. Como disse anteriormente, é necessário repolitizar a questão da Aids dentro das ONGs, da sociedade civil e do governo. O governo tem a obrigação de melhorar as campanhas. O que aconteceu no último carnaval, com a retirada da campanha publicitária voltada para população LGBT, foi um retrocesso muito grande.<br />
<br />
A sociedade civil, nos anos 1990, agia com mais ousadia. Havia um ativismo cultural tentando esticar os limites. Eu acho que a sociedade civil tem ficado menos ousada, e mais acomodada. <br />
<br />
<b>Como avalia atualmente o Programa brasileiro de Ais, que se tornou referência no mundo desde seu início?</b><br />
<b><br /></b>
Desde 1998, o Programa tem sido referência, muitas vezes chamado de programa modelo. No entanto, temos visto que o programa tem prioridade menor na pauta do atual governo, se compararmos com os governos de Fernando Henrique Cardoso e de Lula. Acho que a Aids tinha prioridade maior, recebendo mais atenção dentro do Ministério da Saúde, dentro da própria Presidência. Não temos visto isso no governo Dilma, o que faz com que o programa seja menos pioneiro. Novas questões têm surgido, como as novas tecnologias de prevenção. Mas não vejo o governo debatendo essas questões emergentes.<br />
<br />
<b>Que outras deficiências o senhor vê no programa?</b><br />
<b><br /></b>
A incorporação de questões de Aids dentro do Sistema Único de Saúde. Durante muito tempo, o programa de Aids foi um programa muito vertical, recebendo muitos recursos adicionais através dos empréstimos do Banco Mundial e de outros doadores. Isso foi muito criticado. <br />
<br />
A longo prazo, não há outro caminho que não seja integrar a Aids completamente ao SUS. Eu acho que muitas das dificuldades do atual momento – como, por exemplo, o fornecimento dos medicamentos que às vezes é interrompido – refletem a dificuldade de fazer a Aids funcionar dentro do SUS. Isso vem também da própria dificuldade de se fazer o SUS funcionar. Não é culpa de pessoas específicas, dos gestores, é um desafio que o Brasil tem hoje em dia: viver o princípio da integralidade centrada no SUS e integrar a Aids a ele.<br />
<br />
Acho muito improvável que no futuro vamos ter os recursos adicionais que tínhamos durante os anos 1990 e na primeira metade dos anos 2000, como os recursos advindos do Banco Mundial. Isso está sendo reduzido. A crise financeira mundial está dificultando tudo. Os países ricos que financiam os empréstimos não têm dinheiro para suas próprias necessidades. Quando há escassez, eles ficam mais conservadores em relação às políticas de cooperação internacional. <br />
<br />
<b>Com a mudança na geopolítica mundial, qual o papel dos países emergentes – como Brasil e Índia – em relação á saúde global?</b><br />
<br />
Países como Brasil, Índia, China, Rússia e África do Sul têm um papel absolutamente fundamental. O Brasil, em particular, escolheu a saúde como uma área onde queria agir no palco global. E foi um protagonista em propor políticas de Aids mais progressistas. Representou um contraponto ao conservadorismo dos EUA durante o governo Bush. Por exemplo, nas negociações sobre Doha (2001), o Brasil foi um ator fundamental na diplomacia de saúde global. Avançou várias causas, como o acesso a medicamentos mais baratos. Mas, no geral, não tem sido uma prioridade a questão da Aids nos fóruns internacionais.<br />
<br />
<b>A que atribui o fato de a política de Aids ter deixado de ser prioridade no atual governo brasileiro?</b><br />
<b><br /></b>
No nível doméstico, a minha leitura é muito clara: tem-se tentado apaziguar e satisfazer a bancada evangélica e a Igreja Católica, enfim, as forças conservadoras religiosas que podem gerar votos. É política pura e simples. Atribuo também à domesticação dos movimentos ativistas pelo governo, isto é, ao fato de o governo ter cooptado boa parte dos ativistas que fizeram parte do movimento da Aids, incorporando-os em cargos técnicos. Isto quer dizer que o governo já tem os votos dos setores interessados nas questões de Aids e direitos sexuais. Por causa deste movimento de agradar aos setores religiosos, o governo está deixando de lado a tradição de patrocinar políticas progressistas com relação à Aids, e aos direitos sexuais e reprodutivos.</div>
SANTA DIVERSIDADEhttp://www.blogger.com/profile/03869720093310002082noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8764308972312952797.post-85922215468681699732012-10-16T11:58:00.000-03:002012-10-16T11:58:51.447-03:00BRASIL TEVE ESTE ANO MAIS PREFEITAS E MULHERES CANDIDATAS <div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-pKqXFUcmS_A/UH12HsV8jjI/AAAAAAAABeo/2hB6h3juctE/s1600/mulher-pol%C3%ADtica.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-pKqXFUcmS_A/UH12HsV8jjI/AAAAAAAABeo/2hB6h3juctE/s1600/mulher-pol%C3%ADtica.jpg" /></a><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">Em artigo publicado no site do CLAM/UERJ (www.clam.org.br), do qual sou editor, o demógrafo José Eustáquio Diniz Alves (ENCE/IBGE) analisa o aumento da participação e da eleição de mulheres na política municipal brasileira nas últimas décadas. Uma das razões é a política de cotas, que obriga os partidos a preencher, no mínimo, 30% das candidaturas para elas</span><br />
<div class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #333333; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">
. No entanto, o país continua longe da paridade de gênero na política.</div>
<br /><div class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #333333; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">
<br />Na análise do pesquisador, um dos fatores que explicam o aumento do número de vereadoras eleitas foi a mudança da política de cotas. A Lei 12.034, de 29/09/2009, substituiu a palavra reservar por preencher e a nova redação da política de cotas ficou assim redigida:</div>
<br />
<br />
<div class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #333333; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">
<br />"Do número de vagas resultante das regras previstas neste artigo, cada partido ou coligação preencherá o mínimo de 30% (trinta por cento) e o máximo de 70% (setenta por cento) para candidaturas de cada sexo".<br /><br />A alteração pode parecer pequena, mas a mudança do verbo "reservar" para "preencher" significou uma mudança no sentido de forçar os partidos a dar maiores oportunidades para as mulheres. O ideal é que fosse garantida a paridade de gênero (50% para cada sexo) nas listas de candidaturas. Mas diante do baixo número de mulheres candidatas, a mudança da Lei em vigor já representou um avanço, mesmo que limitado.<br /><br />O aumento do número de mulheres candidatas deveria ser fundamental para aumentar o percentual de mulheres eleitas. Porém, a maioria dos partidos lançou candidatas “laranjas”, ou seja, lançou candidatas apenas para compor a lista, mas sem condições efetivas de ganharem eleições. Faltaram apoio e investimento na formação política das mulheres. Faltou também apoio financeiro para sustentar as campanhas femininas.<br /><br />Podemos concluir que, neste ano de 2012, no momento em que se comemoram os 80 anos do direito de voto feminino no Brasil, as mulheres deram um passo à frente na participação política em nível muncipal. Porém, de 1992 a 2012 o avanço foi, em média, de 1% no percentual de eleitas a cada eleição. Neste ritmo, a paridade de gênero nos espaços de poder municipais vai demorar 148 anos no Brasil.<br /><br />A baixa participação feminina na política não corresponde ao papel que as mulheres desempenham em outros campos de atividade. Elas são maioria da população, já ultrapassaram os homens em todos os níveis de educação e possuem uma esperança de vida mais elevada. Nas duas últimas Olimpíadas (Pequim e Londres) as mulheres brasileiras conquistaram duas das tres medalhas de Ouro. Portanto, a exclusão feminina da política é a última fronteira a ser revertida, sendo que o déficit político de gênero em nível municipal não faz justiça à contribuição que as mulheres dão à sociedade brasileira.</div>
</div>
SANTA DIVERSIDADEhttp://www.blogger.com/profile/03869720093310002082noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8764308972312952797.post-29237434118389704702012-10-09T16:35:00.003-03:002012-10-09T16:35:21.668-03:00Lei anti-discriminação é derrubada pelo TJ do Rio de Janeiro<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-LZML5fpPCWE/UHR8OgM6myI/AAAAAAAABeI/wBoQH3oB0ds/s1600/Minc.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-LZML5fpPCWE/UHR8OgM6myI/AAAAAAAABeI/wBoQH3oB0ds/s1600/Minc.jpg" /></a></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Na segunda-feira, 1 de outubro, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ) derrubou a Lei Estadual 3406/00, de autoria do então deputado Carlos Minc (foto ao lado),
atual Secretário de Estado de Meio Ambiente, que estabelece penalidades aos
estabelecimentos localizados no estado do Rio de Janeiro que discriminem pessoas
em virtude de sua orientação sexual.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Foi declarada a inconstitucionalidade da lei em virtude
de vício de iniciativa, ou seja, a autoria do projeto de lei deveria ser do
executivo e não do legislativo. O mesmo ocorreu em 2007 com a lei 3786/01,
de autoria de Sérgio Cabral e Carlos Minc, que possibilitava que servidoras e
servidores pudessem entrar com o pedido de pensão após a morte de sua/seu
companheira/companheiro.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><a href="http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/143407/lei-3406-00-rio-de-janeiro-rj">Ver a lei 3406/00</a> <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><a href="http://www.tjrj.jus.br/scripts/weblink.mgw?MGWLPN=DIGITAL1A&LAB=CONxWEB&PGM=WEBPCNU88&PORTAL=1&protproc=1&N=201200700030">Ver o processo</a>:<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><br /></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div class="MsoNormal">
<i><b>As brechas da lei</b></i></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Segundo se sabe, a decisão do TJ foi baseada em um aspecto técnico e não de
preconceito. Não foi questionado o conteúdo da lei, o seu objeto, mas sim o
vício de iniciativa. O proponente da ação foi bem cirúrgico, direto na
brecha técnica. O que nos chama a atenção para o monitoramento de outras leis
similares, que poderão sofrer a mesma consequência.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O governador Sergio Cabral já se posicionou que apresentará novamente a
lei, com pedido de urgência. O Conselho Estadual LGBT discutiu nesta segunda-feira, 8 de outubro, uma minuta do
conteúdo da lei, observando as brechas interpretativas que possam gerar
polêmica e mobilizar setores reacionários, transformando a lei em um novo PLC122.
A minuta será apresentada para o governador seguir a diante.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Além da proposta da apresentação do novo projeto de Lei, a
Procuradoria Geral do Estado irá recorrer da decisão, assim que o acórdão for
publicado.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Também foi proposto que o Governador crie um decreto similar
à lei, para tampar o buraco até a aprovação do novo projeto de lei.</div>
<br />
</div>
SANTA DIVERSIDADEhttp://www.blogger.com/profile/03869720093310002082noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8764308972312952797.post-44841031582489348522012-09-19T15:58:00.002-03:002012-09-19T15:58:29.900-03:00Novas famílias<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div class="MsoNormal">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-eyxTRPNyp4U/UFoVjQSW85I/AAAAAAAABcY/BsB3m7RUBag/s1600/novasfamilias-.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="196" src="http://4.bp.blogspot.com/-eyxTRPNyp4U/UFoVjQSW85I/AAAAAAAABcY/BsB3m7RUBag/s320/novasfamilias-.jpg" width="320" /></a><span style="background: white; color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Outro dia vi uma placa de
um candidato a prefeito de São Gonçalo que dizia: “Em defesa da família”.
Imediatamente me perguntei a que família ele se referia. Sendo o candidato um
evangélico, não é difícil deduzir que por “família” ele se referia àquele
modelo tradicional e patriarcal, composto por mãe, pai e filhos, a mesma família
que se vê sentada em volta de uma mesa em novelas de época, como Gabriela, onde
o homem, sentado à cabeceira, é o chefe de família.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">No entanto, no Brasil de
hoje, os arranjos familiares são tão diversos que podemos falar em “novas
famílias”. Entre 2001 e 2009, por exemplo, o percentual de famílias brasileiras
chefiadas por mulheres subiu de aproximadamente 27% para 38%. Em termos
absolutos, são 22 milhões de famílias tendo uma mulher como principal
responsável.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Isto sem falar que uma
família pode ser composta por um casal gay (um homem casado com outro homem,
uma mulher com outra mulher); por uma travesti ou uma mulher solteira que criam seus
filhos sozinhas; ou por uma mulher e um homem divorciados que se casam e resolvem
juntar os filhos de seus casamentos anteriores. Isto para se ter uma ideia
apenas de uma parte das tantas possibilidades existentes. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-va7w31g9zU8/UFoVl2AumxI/AAAAAAAABcg/lDpkUuW52n4/s1600/Ana_Karolina.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="250" src="http://3.bp.blogspot.com/-va7w31g9zU8/UFoVl2AumxI/AAAAAAAABcg/lDpkUuW52n4/s320/Ana_Karolina.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">A menina Ana Karolina
Lannes, de 11 anos, que interpreta a filha de Carminha (Adriana Esteves) na
novela Avenida Brasil, tem dois pais (foto ao lado). Ela é criada por seu tio por parte de
mãe, </span><span style="background-color: white; color: #636363; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">que
tem a guarda há sete anos, </span><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">e por seu companheiro. Em entrevista à revista
Contigo!, a menina disse:</span><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span><i><span style="color: #333333; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">''Eles têm atitudes normais de pais: educam, repreendem,
dão amor, carinho, ajudam quando preciso me arrumar''.</span></i></div>
<h1 style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; font-weight: normal;"> </span></h1>
<h1 style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; font-weight: normal;">Por esses e outros exemplos, faz-se necessário questionar,
quando vemos um político “defendo a família”, sobre que “família” ele se
refere. Será que a sua família está incluída? Tomemos cuidado, porque pode ser
que a nossa família não esteja representada nem defendida neste “ideal de
família” a que se referem certos políticos. </span><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; font-weight: normal;"><o:p></o:p></span></h1>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<i><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Well Castilhos<br />
jornalista e professor<br />
Pres. Grupo Liberdade/Santa Diversidade de São Gonçalo<o:p></o:p></span></i></div>
</div>
SANTA DIVERSIDADEhttp://www.blogger.com/profile/03869720093310002082noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-8764308972312952797.post-54408510328444581712012-09-18T16:45:00.001-03:002012-09-18T18:51:21.041-03:00BRASIL: UM PAÍS LAICO?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-ioHv9VX9cxM/UFjKI1jBQLI/AAAAAAAABaY/ZpcAxPTqQjc/s1600/laicidade.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="157" src="http://4.bp.blogspot.com/-ioHv9VX9cxM/UFjKI1jBQLI/AAAAAAAABaY/ZpcAxPTqQjc/s320/laicidade.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-lafSsmDO_0I/UFjL5KGVcLI/AAAAAAAABao/Mj8zlhmI2AU/s1600/9+Parada+Gay+SG+Alex+Ramos++O+S%C3%A3o+Gon%C3%A7alo+(5).JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="http://4.bp.blogspot.com/-lafSsmDO_0I/UFjL5KGVcLI/AAAAAAAABao/Mj8zlhmI2AU/s320/9+Parada+Gay+SG+Alex+Ramos++O+S%C3%A3o+Gon%C3%A7alo+(5).JPG" width="320" /></a></div>
NO DOMINGO (16/9), O GRUPO LIBERDADE/SANTA DIVERSIDADE REALIZOU A 9ª PARADA DA LIBERDADE LGBT DE SÃO GONÇALO, TENDO COMO BANDEIRA A DEFESA DA LAICIDADE DO ESTADO BRASILEIRO E DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO SEXUAL.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-EtFNtrPGqjI/UFjMdIODwNI/AAAAAAAABaw/kHcvAqfEqxw/s1600/9+Parada+Gay+SG+Alex+Ramos++O+S%25C3%25A3o+Gon%25C3%25A7alo+%252837%2529.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="213" src="http://2.bp.blogspot.com/-EtFNtrPGqjI/UFjMdIODwNI/AAAAAAAABaw/kHcvAqfEqxw/s320/9+Parada+Gay+SG+Alex+Ramos++O+S%25C3%25A3o+Gon%25C3%25A7alo+%252837%2529.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
“LAICIDADE” E “LIBERDADE” SÃO DOIS PRINCÍPIOS DE NOSSA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. O PRIMEIRO (A LAICIDADE: Sistema que exclui as Igrejas do exercício do poder político ou administrativo) SE REFERE À SEPARAÇÃO ENTRE ESTADO E IGREJA. EM OUTRAS PALAVRAS, É A SEPARAÇÃO ENTRE RELIGIÃO E POLÍTICA.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-vwXQLi3RuRc/UFjNeR5U4wI/AAAAAAAABbE/m-R_P7O0Psc/s1600/9+Parada+Gay+SG+Alex+Ramos++O+S%25C3%25A3o+Gon%25C3%25A7alo+%252823%2529.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="http://4.bp.blogspot.com/-vwXQLi3RuRc/UFjNeR5U4wI/AAAAAAAABbE/m-R_P7O0Psc/s320/9+Parada+Gay+SG+Alex+Ramos++O+S%25C3%25A3o+Gon%25C3%25A7alo+%252823%2529.JPG" width="320" /></a></div>
O SEGUNDO (A LIBERDADE) SE REFERE AO CONJUNTO DE DIREITOS RECONHECIDOS AO INDIVÍDUO, CONSIDERADO ISOLADAMENTE OU EM GRUPO. OU SEJA, É O PODER QUE TEM O CIDADÃO E CIDADÃ DE EXERCEREM A SUA ORIENTAÇÃO SEXUAL, OPÇÃO RELIGIOSA, PARTIDÁRIA, IDEOLÓGICA ETC, DENTRO DOS LIMITES QUE LHE FACULTA A LEI.<br />
<br />
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-kDmfMX4VHQU/UFjM8YbxMuI/AAAAAAAABa8/1fdRSPNXKBc/s1600/9+Parada+Gay+SG+Alex+Ramos++O+S%25C3%25A3o+Gon%25C3%25A7alo+%252830%2529.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="http://3.bp.blogspot.com/-kDmfMX4VHQU/UFjM8YbxMuI/AAAAAAAABa8/1fdRSPNXKBc/s320/9+Parada+Gay+SG+Alex+Ramos++O+S%25C3%25A3o+Gon%25C3%25A7alo+%252830%2529.JPG" width="320" /></a>NO ENTANTO, O QUE SE VÊ NO BRASIL É UM BOM NÚMERO DE POLÍTICOS USANDO SEUS CARGOS PARA IMPOR SUAS CRENÇAS RELIGIOSAS FUNDAMENTALISTAS E IMPEDIR ALGUMAS LIBERDADES INDIVIDUAIS (RELIGIOSA, DE ORIENTAÇÃO SEXUAL ETC) DE CIDADÃS E CIDADÃOS BRASILEIROS, BASEADOS EM SUAS VISÕES RELIGIOSAS EXTREMISTAS E RADICAIS.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-RF_xjmFaeBE/UFjOH7e3hLI/AAAAAAAABbM/KCP7o72FBjI/s1600/9+Parada+Gay+SG+Alex+Ramos++O+S%25C3%25A3o+Gon%25C3%25A7alo+%25288%2529.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="http://2.bp.blogspot.com/-RF_xjmFaeBE/UFjOH7e3hLI/AAAAAAAABbM/KCP7o72FBjI/s320/9+Parada+Gay+SG+Alex+Ramos++O+S%25C3%25A3o+Gon%25C3%25A7alo+%25288%2529.JPG" width="320" /></a></div>
SENDO ASSIM, NÃO TEMOS QUE LUTAR CONTRA AS RELIGIÕES OU CONTRA AS IGREJAS. TEMOS QUE LUTAR COM AS IGREJAS POR UM MUNDO MELHOR E PELA CIDADANIA DE TODAS E DE TODOS. O PROBLEMA É QUE ESSES INDIVÍDUOS, DE POSSE DE CARGOS POLÍTICOS, USAM A RELIGIÃO PARA LEGITIMAR SUAS AÇÕES, FERINDO A LAICIDADE DO ESTADO BRASILEIRO.<br />
<br />
DITAM À SOCIEDADE AQUILO QUE ELES ACREDITAM SER VERDADE. MUITAS MENTIRAS JÁ FORAM DITAS EM NOME DA VERDADE, EM NOME DE UMA VERDADE CRIADA, INVENTADA PARA PRIVILEGIAR UNS EM DETRIMENTO DE OUTROS.<br />
<br />
A MESMA VERDADE QUE UM DIA FEZ O MUNDO ACREDITAR QUE OS NEGROS TINHAM O CÉREBRO MENOR QUE OS BRANCOS, E POR ISSO ERAM INFERIORES À RAÇA ARIANA. O RESULTADO FOI A ESCRAVIDÃO E O NAZISMO.<br />
<br />
A MESMA VERDADE QUE TAMBÉM INFERIORIZAVA AS MULHERES EM RELAÇÃO AOS HOMENS, NEGANDO-LHES O DIREITO AO VOTO, AO TRABALHO, AO ESTUDO E AO PODER DE DECISÃO. O RESULTADO FOI O MACHISMO.<br />
<br />
A MESMA VERDADE QUE DIZIA QUE OS POBRES ERAM INFERIORES AOS RICOS, QUE OS RICOS ERAM RICOS POR VONTADE DIVINA E ATÉ MESMO SEU SANGUE TINHA COR DIFERENTE DOS DEMAIS. TINHAM SANGUE AZUL. O RESULTADO FOI O CAPITALISMO.<br />
<br />
TODAS ESSAS CRENÇAS, FELIZMENTE, CAÍRAM POR TERRA, IMPULSIONADAS POR LEGISLAÇÕES E POR POLÍTICAS DE DIREITOS HUMANOS. NO BRASIL, POR EXEMPLO, A ESCRAVATURA FOI EXTINTA E EXISTE UMA LEI ANTI-RACISMO NO PAÍS, ALÉM DE POLÍTICAS DE COTAS QUE BUSCAM REPARAR SÉCULOS DE DISCRIMINAÇÃO.<br />
<br />
AS MULHERES BRASILEIRAS VOTAM DESDE 1932 E JÁ REPRESENTAM METADE DA POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA DO PAÍS. VALE CITAR TAMBÉM QUE, PARA BARRAR A VIOLÊNCIA CONJUGAL CONTRA ELAS, COMETIDA POR SEUS PARCEIROS, EXISTE A LEI MARIA DA PENHA.<br />
<br />
A ÚLTIMA FRONTEIRA A SER DESBRAVADA, EU DIRIA, É AQUELA RELATIVA Á ORIENTAÇÃO SEXUAL DE UMA PESSOA, DIFÍCIL AINDA DE SER DIGERIDA E ACEITA PELOS SETORES CONSERVADORES, QUE SE ESCONDEM ATRÁS DE IGREJAS E RELIGIÕES PARA APREGOAR QUE AS PESSOAS LGBT SÃO DOENTES, PECAMINOSAS E/OU ATÉ MESMO PEDÓFILAS. ESSAS MENTIRAS ELES ESPALHAM NA SOCIEDADE COMO VERDADES. USAM A LÓGICA NAZISTA DE “UMA MENTIRA CONTADA DUAS VEZES PASSA A SER VERDADE”.<br />
<br />
O RESULTADO DISSO É A HOMOFOBIA, QUE TODOS OS DIAS MATA DEZENAS DE PESSOAS POR TEREM UMA ORIENTAÇÃO SEXUAL DIFERENTE DA HETEROSSEXUAL, TIDA COMO “NORMAL”. ATÉ QUANDO?<br />
<br />
POR ISSO, A EXEMPLO DO QUE FOI FEITO EM RELAÇÃO AO RACISMO (QUE TAMBÉM MATAVA E FERIA), LUTAMOS PELA CRIMINALIZAÇÃO DA HOMOFOBIA NO BRASIL, PELA APROVAÇÃO DO PLC 122 JÁ! AFINAL, ESTAMOS FALANDO DE VIDAS!<br />
<br />
E PARA QUEM SE DIZ RELIGIOSO, VALE LEMBRAR QUE O PROFETA QUE VEIO AO MUNDO HÁ MAIS DE DOIS MIL ANOS, DANDO INÍCIO AO CRISTIANISMO, FALOU: “AMAI-VOS UNS AOS OUTROS”. ELE NÃO DISSE: “AMAI-VOS UNS AOS OUTROS. A NÃO SER QUE O OUTRO SEJA GAY, LÉSBICA, TRAVESTI, NEGRO, MULHER, POBRE...”. É HORA DO BRASIL MUDAR E CRESCER. E NÃO HÁ CRESCIMENTO ECONÔMICO SEM DESENVOLVIMENTO HUMANO. É PRECISO GARANTIR CIDADANIA E DIREITOS A TODAS E A TODOS.<br />
<div style="text-align: right;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: right;">
<i>WELL CASTILHOS</i></div>
<div style="text-align: right;">
<i>é jornalista, professor</i></div>
<div style="text-align: right;">
<i>coordenador de Com. Social do CLAM/UERJ (www.clam.org.br) </i></div>
<div style="text-align: right;">
<i>Presidente do Grupo Liberdade LGBT de São Gonçalo</i></div>
</div>
SANTA DIVERSIDADEhttp://www.blogger.com/profile/03869720093310002082noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8764308972312952797.post-90987837347629162332012-09-18T16:11:00.000-03:002012-09-18T18:46:13.863-03:00UMA FORTE ALIADA<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div class="ii gt adP adO" id=":8f" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; margin: 5px 15px 0px 0px; padding-bottom: 5px; position: relative; z-index: 2;">
<div id=":6y">
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-yFHzWQloGE4/UFjFUM56rwI/AAAAAAAABZo/Avtz6-ikwH8/s1600/9+Parada+Gay+SG+Alex+Ramos++O+S%C3%A3o+Gon%C3%A7alo+(28).JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="http://2.bp.blogspot.com/-yFHzWQloGE4/UFjFUM56rwI/AAAAAAAABZo/Avtz6-ikwH8/s320/9+Parada+Gay+SG+Alex+Ramos++O+S%C3%A3o+Gon%C3%A7alo+(28).JPG" width="320" /></a></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">
<div style="text-align: justify;">
<i style="background-color: white; font-size: 14pt; text-align: right;"> por Well Castilhos</i></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; text-align: right;">
<span style="font-size: 14pt;"><i>(entrevista originalmente publicada no jornal O São Gonçalo)</i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; text-align: right;">
<b><span style="font-size: 14pt;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; text-align: left;">
<span style="font-size: 14pt;">Depois de ser rainha da bateria da
Unidos do Porto da Pedra por dois anos, a cantora Valesca Popozuda voltou à
cidade para assumir outro título. Ela foi escolhida pela comunidade gay
gonçalense para ser madrinha da 9ª Parada da Liberdade LGBT de São Gonçalo, que
aconteceu no domingo, 16 de setembro, sob o lema de ordem “Laicidade! Liberdade! Igualdade!”. A atual
rainha do funk revela, nesta entrevista concedida ao jornalista Well Castilhos, presidente do Grupo Liberdade, organizador da Parada há 9
anos – o que a levou a aderir à luta pelos direitos de gays, lésbicas,
travestis e transexuais. No evento, Valesca esteve vestida pelo figurinista
gonçalense Leandro Pantera, num figurino especialmente feito para ela.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; text-align: left;">
<span style="font-size: 14pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; text-align: left;">
<b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">Você está cada vez
mais engajada como artista na luta pelos direitos das pessoas LGBT e contra o
preconceito. Por que aderiu à causa?</span></b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; text-align: left;">
<b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; text-align: left;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">Eu sempre tive
contato com o público gay, sempre dei abertura para todos nos meus shows, no
camarim ou quando os encontro na rua. Porém, aderi à causa em um
show meu em 2011 onde havia muitos gays e héteros e uma confusão enorme
aconteceu quando um casal gay resolveu se beijar. Aquilo gerou um quebra-quebra
geral. Desde então resolvi lutar para que qualquer forma de amor
seja aceita e lutar contra a homofobia. É importante o apoio e ajuda da classe
artística.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; text-align: left;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; text-align: left;">
<b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">Como vê a questão
da homofobia no Brasil? Segundo levantamento do Grupo Gay da Bahia – um dos
mais antigos grupos de defesa da cidadania homossexual no Brasil – foram
assassinados até o momento 164 gays apenas em 2012 no país. Enquanto isso, o
parlamento brasileiro ainda recua perante a possibilidade de criminalizar a
homofobia no país, a exemplo do que foi feito com o racismo...</span></b><span style="text-align: center;"> </span></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-ij5Vvwr4DA8/UFjGgWnh_sI/AAAAAAAABZ4/IeJIRd2-DJM/s1600/9+Parada+Gay+SG+Alex+Ramos++O+S%C3%A3o+Gon%C3%A7alo+(11).JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://4.bp.blogspot.com/-ij5Vvwr4DA8/UFjGgWnh_sI/AAAAAAAABZ4/IeJIRd2-DJM/s320/9+Parada+Gay+SG+Alex+Ramos++O+S%C3%A3o+Gon%C3%A7alo+(11).JPG" width="213" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; text-align: left;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">Enquanto a Lei não
for aprovada, infelizmente esses números de violência e assassinato sempre
estarão crescentes. Eu entendo que não basta ter somente a Lei e parar por aí.
Temos que fazer um trabalho massificado na mídia, na Educação e em todos os
lugares onde pudermos mostrar ao Parlamento que os gays são vitimas constante da
homofobia. Muita coisa precisa ser feita pois as primeiras agressões começam em
casa, dentro de suas próprias famílias.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; text-align: left;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; text-align: left;">
<b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">O que representa
para você ter sido escolhida pela comunidade gay de uma cidade inteira como São
Gonçalo para ser a madrinha da Parada do orgulho LGBT? A que atribui essa simpatia
junto ao público LGBT?</span></b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; text-align: left;">
<b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; text-align: left;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">É uma enorme honra
primeiramente, até porque tenho um carinho imenso por São Gonçalo e amo o meu
público gay. Então poder participar de um evento desses é simplesmente casar as
duas coisas. Estou muito feliz. A simpatia é recíproca pois é um público que
sempre me acompanha desde o começo da Gaiola das Popozudas, e a cada show que
passa só vai crescendo minha admiração e carinho por esse público.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; text-align: left;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; text-align: left;">
<b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">Acredita que o
funk seja um ambiente machista, por ser majoritariamente composto por
homens? Já se sentiu discriminada ou sofreu qualquer tipo de preconceito alguma
vez?</span></b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; text-align: left;">
<b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><br /></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-eW-SYF0Q8R4/UFjF8eztiTI/AAAAAAAABZw/FAc2imaTGQs/s1600/9+Parada+Gay+SG+Alex+Ramos++O+S%C3%A3o+Gon%C3%A7alo+(10).JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="http://2.bp.blogspot.com/-eW-SYF0Q8R4/UFjF8eztiTI/AAAAAAAABZw/FAc2imaTGQs/s320/9+Parada+Gay+SG+Alex+Ramos++O+S%C3%A3o+Gon%C3%A7alo+(10).JPG" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; text-align: left;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">Olha, o funk mudou
muito em relação a isso. Preconceito sempre vai existir em qualquer trabalho,
por que no funk seria diferente? Eu nunca sofri discriminação até porque sempre
me impus e sempre fui muito direta com o meu trabalho. Claro que no começo
muitos pensavam: <i>“Xíii, mulher animando um baile? Será que dá certo?”</i> Sim,
dá muito certo e hoje em dia podemos dizer que o funk está 50% composto por
homens e 50% por mulheres. O funk é um ambiente aberto, onde pessoas de todas
as cores, gêneros, classes sociais e orientações sexuais podem livremente
manifestar suas liberdades e opiniões.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; text-align: left;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; text-align: left;">
<b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">Que mensagem
mandaria para uma pessoa em conflito com seu desejo e sua orientação sexual?</span></b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; text-align: left;">
<b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; text-align: left;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14pt;">Primeiramente
aceite-se! Nunca tente ser o que não é. Sinta-se bem primeiramente com você
mesmo. A aceitação tem que ser primeiramente sua, pois só assim você poderá
saber se defender e conquistar seu respeito na sociedade. Nunca se sinta
diferente de ninguém e lute sempre pelos seus direitos. A felicidade é a sua
arma.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;"><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="yj6qo">
</div>
</div>
</div>
</div>
<div class="hq gt" id=":12n" style="background-color: white; clear: both; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; margin: 15px 0px;">
<br class="Apple-interchange-newline" /></div>
</div>
SANTA DIVERSIDADEhttp://www.blogger.com/profile/03869720093310002082noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8764308972312952797.post-11645211780053919422012-09-11T16:28:00.003-03:002012-09-11T16:44:55.439-03:00O COMPROMISSO DOS NOSSOS CANDIDATOS<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-o6FUc7HypIA/UE-N8GPBE8I/AAAAAAAABYs/s5yVqXqC9uw/s1600/Alice.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-_gt5KmedlqY/UE-N5Mc1ggI/AAAAAAAABYk/e0hDXVkoSvA/s1600/Konder.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-_gt5KmedlqY/UE-N5Mc1ggI/AAAAAAAABYk/e0hDXVkoSvA/s1600/Konder.jpg" /></a><a href="http://3.bp.blogspot.com/-o6FUc7HypIA/UE-N8GPBE8I/AAAAAAAABYs/s5yVqXqC9uw/s1600/Alice.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-o6FUc7HypIA/UE-N8GPBE8I/AAAAAAAABYs/s5yVqXqC9uw/s1600/Alice.jpg" /></a></div>
<br />
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-4kj4fDdjp9I/UE-OAKGlPzI/AAAAAAAABY0/0zSyluub7kg/s1600/Gra%25C3%25A7a.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-4kj4fDdjp9I/UE-OAKGlPzI/AAAAAAAABY0/0zSyluub7kg/s1600/Gra%25C3%25A7a.jpg" /></a><br />
<span style="background: white; color: #333333; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Nós, do Grupo Santa Diversidade de São Gonçalo,
estamos enviando aos/às principais candidatos(as) à prefeitura da cidade (em ordem alfabética, Adolfo Konder, Alice Tamborindeguy, Graça Matos e Neílton Mulim), através
de suas assessorias, um termo de compromisso para, se eleito(a), "defender e/ou não
obstruir propostas voltadas para a garanti</span><span style="color: #333333; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">a, a defesa e a promoção dos direitos
humanos, liberdade de orientação sexual e de identidade de gênero da comunidade
LGBT e para a garantia do Estado Laico." Esperamos que eles/elas assinem –
se não até a 9ª Parada LGBT o município, que será no próximo domingo (16/9), pelo
menos até o final das campanhas.<o:p></o:p></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="color: #333333; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Vejam o texto do Termo de Compromisso: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-5E6XTqGSx74/UE-OGdRTPmI/AAAAAAAABY8/AtaobUdvCS8/s1600/Neilton.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-5E6XTqGSx74/UE-OGdRTPmI/AAAAAAAABY8/AtaobUdvCS8/s1600/Neilton.jpg" /></a><b><span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b><span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b><span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b><span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b><span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">TERMO DE
COMPROMISSO COM A POPULAÇÃO LGBT DE SÃO GONÇALO</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 18pt;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 18pt;">Eu, __________________________________________, candidato(a)
a Prefeitura do Município de São Gonçalo/RJ, concordo e me comprometo
em incluir na pauta de campanha e de ações, se eleito(a), as questões
orientadas para o combate à discriminação da população LGBT deste município, e
não obstruir, como prefeito (a), ações e iniciativas (governamentais,
legislativas e/ou de organizações da sociedade civil) que visem a garantia da
promoção e da defesa dos Direitos Humanos deste segmento.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">_______________________<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Assinatura<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">___ / ___ / ___<o:p></o:p></span></div>
</div>
SANTA DIVERSIDADEhttp://www.blogger.com/profile/03869720093310002082noreply@blogger.com0