quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Fernando Haddad critica uso eleitoral de kit anti-homofobia


Por Adauri Antunes Barbosa Agência
O Globo
SÃO PAULO - Pré-candidato do PT à prefeitura de São Paulo, o ex-ministro Fernando Haddad reagiu nesta quarta-feira a ameaças políticas da chamada bancada evangélica no Congresso Nacional e aos ataques ao kit anti-homofobia encomendado pelo Ministério da Educação quando era titular da pasta. Haddad alertou para as consequências da polêmica, como a liberação da violência - "forças obscurantistas" em "alguns indivíduos perturbados".- Muitas vezes as pessoas não se dão conta de como esse tipo de abordagem libera, não que elas queiram promover a violência. Mas não se dão conta de quanto isso libera em alguns indivíduos perturbados forças obscurantistas que acabam comprometendo a integridade física de cidadãos. O que lamento desse debate é a não percepção de que, muitas vezes, ao não abordar adequadamente a questão dos direitos humanos, você acaba, sem querer, promovendo uma violência que é crescente no país contra as pessoas com outra orientação sexual. É a única ressalva que faço, a única preocupação que tenho - afirmou o ex-ministro da Educação, depois de participar de um encontro com trabalhadores no Sindicato dos Comerciários de São Paulo.
Sobre o risco de essas críticas atrapalharem sua campanha pela prefeitura de São Paulo, o petista afirmou que a verdade vai prevalecer.
- Ninguém tem compromisso com a mentira. A verdade prevalecendo, não tem o que se temer - afirmou.
 
"Sim, como diz nosso sensato ex-ministro da Educação Fernando Haddad, o posicionamento da chamada bancada evangélica estimula a violência contra pessoas de orientação não heterossexual. Os deputados desta bancada acabam sendo os responsáveis pelas agressões e mortes contra gays, lésbicas, travestis, como tem acontecido na Avenida Paulista, como ocorreu no caso do pai e filho confundidos com um casal gay, e como aconteceu recentemente no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, onde taxistas espancaram um casal gay. Isto sem falar nos casos fatais, como o caso Alexandre Ivo, jovem de 14 anos vítima de homofobia em São Gonçalo. E o governo Dilma e seus ministros, ao cederem às pressões desses que se dizem políticos - recuando no caso do kit anti-homofobia e no caso do vídeo da Campanha anti-Aids do Ministério da Saúde - acabam compactuando com tudo isso. Nós, da sociedade civil, temos que nos mobilizar o quanto antes! Afinal, quem colocou a moça e os caras lá fomos nós!"
Well

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