*Well Castilhos
No sábado (1/10), dois rapazes homossexuais foram agredidos na região da Avenida Paulista. Um deles teve a perna quebrada. Segundo uma das vítimas, o analista fiscal Marcos Paulo Villa (foto), os agressores falavam, entre outras frases, "que eles não valiam nada e que transmitiam doenças à humanidade". As vítimas registraram ocorrência no domingo (2/10). Os agressores fugiram, e agora a Polícia está tentando localizá-los, já que foram filmados pelas câmeras de segurança de um posto de combustíveis.
As agressões a pessoas LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) cometidas com cada vez mais frequência tanto em São Paulo como no resto do Brasil, são um reflexo das atitudes cometidas por parte dos políticos brasileiros, em especial dos membros do Legislativo. Por um lado pela negativa daqueles políticos fundamentalistas (em especial os que são bispos, pastores e padres) de votarem a favor de uma lei que criminalize atos de agressão baseados na homofobia.
Por outro lado, esses políticos devem também ser responsabilizados por atiçarem o resto da população contra aqueles que se diferenciam do modelo hétero, ao proporem projetos de lei como o Dia do Orgulho Hétero, por exemplo (que foi apresentado na Câmara de Veradores de São Paulo e que felizmente foi vetado pelo prefeito Gilberto Kassab). Ao fazer isso, eles, de forma fria e calculista (sim, por que eles sabem bem o que estão faznedo!), ESTIMULAM conflitos e uma intensa polarização social, onde de um lado estão as pessoas que só querem viver sua orientação sexual de forma livre, e de outro estão aqueles que não aceitam as diferenças ou a diversidade sexual. Estes últimos, ao invés de serem "educados" e melhor "preparados" para aceitar tais diferenças e viver num mundo diverso, são "usados" para serem os "soldados" da linha de frente desta guerra estimulada por aqueles que estão no poder - os "comandantes políticos".
A agressão de sábado está sendo investigada pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). A delegacia já recebeu as imagens das câmeras de segurança do posto de combustíveis por onde passaram as vítimas e os agressores. Uma das vítimas teria consultado as fotografias do cadastro de suspeitos do Decradi.
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