quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

PLC122 será votado em Comissão do Senado

Na quinta-feira, 8 de dezembro, a Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado Federal votará, em sessão deliberativa, o PLC 122 Lei Alexandre Ivo, que criminaliza a homofobia no país. Pelo mundo, projetos como este já foram aprovados em 58 países, esperamos er o Brasil o 59º. Por isso, pedimos a todas e a todos que liguem para o ALÔ SENADO 0800 61 22 11 pedindo aos senadores de seus estados e/ou que conhecerem para que votem favoravelmente ao PLC 122, lei que sem dúvida alguma beneficiará uma parte significativa da população brasileira e evitará muitas mortes e agressões no futuro.

Segundo Alfred Kinsey, pesquisador cuja pesquisa sobre sexualidade humana nos anos de 40/50 revolucionou os valores sociais e culturais dos Estados Unidos (assista ao filme Kinsey - Vamos falar de sexo), 10% da população de um país é composta por pessoas LGBT. Ou seja, no caso brasileiro, esta população seria de 19 milhões de gays, lésbicas, travestis e transexuais, tendo em conta a população total do país, apurada em 190 milhões de pessoas, segundo o Censo 2010 do IBGE.

A escala Kinsey

Segundo o famoso pesquisador norte-americano Alfred Kinsey, “os machos não se dividem em dois grupos distintos: os heterossexuais e os homossexuais. O mundo não está dividido em ovelhas e carneiros. Nem todas as coisas são negras, nem todas são brancas. Só a mente humana inventa as categorias e tenta abrigar os fatos em compartimentos”. Kinsey tornou-se famoso ao mostrar que os seres humanos não se classificam quanto à sexualidade em apenas duas categorias (exclusivamente heterossexual e exclusivamente homossexual).

Segundo ele, os indivíduos apresentam diferentes graus de uma ou outra característica, ou seja, é muito mais comum um indivíduo ficar no meio, entre a heterossexualidade e a homossexualidade, do que estar nos dois pólos extremos, totalmente heterossexual ou totalmente homossexual. Ele era anti-identitário e achava que havia uma flexibilidade na sexualidade.

Em sua pri­meira obra, "Sexual behavior in the human male" (O comportamento sexual do macho humano), de 1948, fruto de uma pesquisa, Kinsey provocou inúmeras polêmicas ao apontar que um grande número de homens heterossexuais norte-americanos já havia fantasiado ou mesmo tido experiências sexuais com outros homens em algum momento de suas vidas, trazendo assim a ideia da disjunção e incoerência entre práticas e identi­dades sexuais. A partir daí, ele elaborou uma tabela que definia os indivíduos a partir de gradações de orientação sexual. Conhecida como “escala Kinsey”, a tabela estipulava categorias como “exclusivamente heterossexual”, “exclusivamente homossexual”, “assexuado” e outras variações que mesclavam comportamentos hetero e homossexuais.

A pesquisa de Kinsey inovou no sentido de ter como foco indivíduos que se auto-denominavam heterossexuais e, portanto, estariam dentro dos padrões de “normalidade”, mas que adotavam práticas supostamente desviantes. Outra pesquisa que também mostrou a incoerência entre DISCURSO e PRÁTICA SEXUAL foi a Tearoom Trade (“sexo impessoal em lugares públicos”), publicada em 1970 pelo sociólogo norte-americano Laud Humphreys. O autor observou as aproximações sexuais entre homens (que se identificavam como heterossexuais ou como gays) em banheiros públicos. Dessa forma, Humphreys mostrou que não havia uma divisão estanque entre homo e heterossexualidade. De acordo com o estudo, as práticas eram circunstanciais e não definiam plenamente as identidades sexuais.

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